Um jovem de 25 anos, que usava tornozeleira eletrônica por determinação judicial, morreu durante uma ação da Polícia Militar do Ceará (PMCE) nesta sexta-feira (18), em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza. De acordo com a corporação, os policiais reagiram a uma "injusta agressão" durante a ocorrência, em que um PM também foi baleado. Por outro lado, familiares da vítima alegam que ele estava desarmado e acusam os policiais de terem cometido uma "covardia".
A PMCE informou por meio de nota que a equipe da 1ª Companhia do 24º Batalhão apreendeu um revólver calibre .38, com duas munições deflagradas e duas falhadas, além de quatro munições de calibre 12. O material foi encontrado durante a ação no distrito de Tabatinga, em Maranguape.
Segundo o relato dos policiais militares, a equipe realizava patrulhamento quando ouviu um disparo de arma de fogo nas imediações do cemitério de Tabatinga. Durante as buscas, ao chegarem na rua João Uchoa, teriam sido recebidos a tiros por dois homens armados, o que teria motivado a reação à suposta agressão.
Família relata versão diferente
Já a versão da família de Marcelo Lima dos Santos é diferente. Parentes relataram ao Diário do Nordeste que ele estava deitado em casa, desarmado, quando foi atingido na barriga por disparos efetuados por policiais que teriam saído de um matagal e atirado pela janela da residência.
Ainda conforme os familiares, Marcelo chegou a ser socorrido por conta própria e levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no início da tarde da sexta-feira (18).
A corporação confirmou o óbito do jovem e acrescentou que um segundo suspeito conseguiu fugir do local. A arma e as munições apreendidas foram levadas para a Delegacia Metropolitana de Maranguape, onde o caso será investigado pela Polícia Civil do Ceará (PCCE).