Cuidar bem do seu cachorro pode significar garantir a ele alguns anos a mais de vida. É o que apontam pesquisadores do Dog Aging Project, um dos maiores estudos sobre envelhecimento canino no mundo, que busca entender de que forma o estilo de vida interfere na saúde e na expectativa de vida dos cães.
Entre as conclusões mais sólidas está a importância da rotina de exercícios. Caminhar todos os dias, brincar e estimular o movimento são atitudes que reduzem o risco de obesidade e doenças associadas, como diabetes, artrite e problemas respiratórios.
Segundo os cientistas, mais do que a intensidade, o segredo está na constância: cães sedentários que fazem atividades pesadas apenas nos fins de semana podem sofrer com lesões e sobrecarga física.
Outro fator essencial é a socialização. A pesquisa mostra que os cães que convivem com outros animais e pessoas têm menos diagnósticos de doenças e se mostram mentalmente mais ativos. A interação estimula o cérebro, reduz o estresse e melhora o comportamento.
“Os cães são seres sociais e precisam de conexões, assim como nós”, explica a veterinária Kate Creevy, que integra o projeto ao National Geographic.
O estudo também reforça que ambientes ricos em estímulos ajudam a manter os cães mais saudáveis ao longo dos anos. Brinquedos, jogos de farejar e mudanças na rotina — como passeios em locais diferentes — favorecem o desenvolvimento cognitivo e retardam o envelhecimento cerebral.
Ainda que fatores genéticos influenciem, os pesquisadores lembram que as ações diárias dos tutores têm peso decisivo. Garantir exercício, companhia, boa alimentação e atenção à saúde preventiva pode fazer diferença significativa. O recado dos cientistas é direto: a longevidade dos cães começa no cuidado de todos os dias.