Transplante de cabeça: empresa prevê que sistema poderá ser disponibilizado em até oito anos

Processo seria conduzido com ajuda de inteligência artificial, segundo a empresa BrainBridge

Imagem ilustrativa de um transplante de cabeça | Reprodução/BrainBridge
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Recentemente, a startup americana de neurociência e engenharia biomédica BrainBridge revelou que, dentro de oito anos, será possível contar com um sistema seguro para realizar a transferência de cabeça de um paciente saudável para o corpo de um doador saudável e com morte cerebral.

O procedimento, que envolve robótica avançada e inteligência artificial de ponta, pode ser a esperança para pessoas que lutam contra doenças incuráveis, como câncer em estágio quatro, e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson. Segundo a BrainBridge, o sistema ainda permitiria a conservação da consciência, memórias e habilidades cognitivas do paciente.

Outra possibilidade de uso dessa tecnologia seria a realização de transplantes de rosto e couro cabeludo. Segundo a empresa, os tecidos de doadores mais jovens reduzem o risco de rejeição e melhoram a aparência, com suturas meticulosas e cuidados pós-operatórios para promover a cicatrização e minimizar cicatrizes. 

“Todo o procedimento é guiado por imagens de nível molecular em tempo real e algoritmos de IA para facilitar a reconexão precisa da medula espinhal, nervos e veias de sangue”, afirma a startup, conforme reportado pelo tabloide britânico Daily Star.

SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO

No site oficial da startup, são apresentadas informações completas sobre o sistema, como o que há na faixa de cabeça utilizada pelo paciente. "Ela é equipada com interface cérebro-computador, permite que os pacientes comuniquem suas necessidades durante a recuperação, controlem dispositivos e executem tarefas de forma independente usando seus pensamentos, aumentando a autonomia e a qualidade de vida". 

Faixa de cabeça Brainbridge, responsável pela comunicação dos sitstemas. Foto: Reprodução/BrainBridge

1. Alimentado por IA: sistemas robóticos avançados que garantem operações precisas e de alta velocidade.

2. Cuidados pós-operatórios: cuidados abrangentes para promover a cura e prevenir a rejeição

3. Recuperação personalizada: algoritmos de autoaprendizagem criam planos de recuperação personalizados durante a cirurgia

TENTATIVAS DE TRANSPLANTE DE CABEÇA 

Na verdade, nenhum neurocirurgião realizou o primeiro transplante de cabeça do mundo em um paciente vivo. Sérgio Canavero, médico italiano, anunciou em novembro de 2017, que conseguiu fazer a cirurgia usando cadáveres. O objetivo do procedimento era verificar se existe realmente a possibilidade de religar a coluna vertebral, os nervos e os vasos sanguíneos das duas partes.

Talvez você esteja se perguntando: como é possível saber se essa religação deu certo se as duas partes usadas eram de cadáveres? A transmissão de eletricidade foi usada para realizar testes que, segundo o médico, comprovaram que a conexão funcionou.

A cirurgia durou cerca de 18 horas e foi realizada na China, na Universidade Médica de Harbin. A equipe de profissionais que realizou o procedimento foi liderada pelo cirurgião Xiaoping Ren, que já havia participado de uma experiência semelhante e feito um transplante de cabeça em macacos.

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