Uma pesquisa feita com a população brasileira esse ano revelou que 65,5% das pessoas sofrem com algum distúrbio do sono. O estudo foi publicado na revista cientifica Elsevier e ouviu 2.635 brasileiros em todas as regiões do país. Entre os entrevistados, 52,5% relataram que dividem a cama com alguém e outras 34,6% admitiram que têm insônia. O número alarmante tem levado profissionais a atuarem de forma mais efetiva no combate ao problema.
De acordo com o fisioterapeuta do sono, Antônio José Passos, o número apresentado pelo estudo recente pode estar ainda muito abaixo da realidade dos brasileiros. Segundo o profissional, os problemas mais frequentes estão relacionados a insônia e apneia obstrutiva do sono. E ele ressalta que a pandemia pode ter piorado mais a situação dos pacientes.
Fisioterapeuta do sono, Antônio José Passos, destaca o tratamento para insônia
“A pandemia trouxe complicações para a população, as pessoas ficaram com medo de sair e isso prejudicou o sono. Muitas pessoas perderam entes queridos ou temiam perder. E isso tudo atrapalhava na hora de tentar dormir”, explica.
Segundo especialistas, a insônia é a dificuldade de iniciar o sono, mantê-lo continuamente durante a noite ou o despertar antes do horário desejado. Já a apnéia obstrutiva do sono caracteriza-se pela obstrução da via aérea no nível da garganta durante o sono, levando a uma parada da respiração, que dura em média 20 segundos. Após esta parada, a pessoa acorda, emitindo um ronco muito barulhento. A apnéia obstrutiva do sono pode ocorrer várias vezes durante a noite, havendo pessoas que apresentam uma a cada um ou dois minutos.
TRATAMENTOS
A boa notícia é que hoje temos várias formas de tratar os distúrbios do sono. Ja existem, inclusive, aparelhos que melhoram a qualidade de vida dos pacientes. “Esses aparelhos elétricos são como geradores de fluxo, eles pegam o ar do ambiente, comprimem e mandam para as vias respiratórias, de forma suave. Isso permite que a pessoa tenha um sono bem mais tranquilo”, afirma o fisioterapeuta.
Antônio José ressalta que o diagnóstico preciso é importante para um tratamento eficiente. “É sempre bom estar investigando os motivos de não dormir bem. Procure um médico do sono, faça os devidos exames para saber o que está acontecendo. Diante disso, os profissionais vão saber indicar o que é melhor para o seu caso. O tratamento, além de melhorar o bem estar, pode livrar o paciente de complicações mais graves a longo prazo”, conclui o profissional.