No próximo mês, setembro, é celebrado o Mês Mundial do Alzheimer, uma iniciativa global que objetiva aumentar a tão necessária conscientização e desafiar o estigma e a desinformação que ainda envolvem a demência. No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma da condição e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Em todo o mundo, o número chega a 50 milhões de pessoas, apontam dados do Ministério da Saúde.
A condição é uma das principais causas de morte globalmente e encontrar formas de diagnóstico precoce é fundamental para proporcionar mais tempo de compreensão do quadro e qualidade de vida. Um dos sintomas menos conhecidos pode surgir no banho, segundo um estudo da Universidade de Chicago.
A pesquisa apontou que a diminuição rápida do olfato pode ser um sinal precoce da doença, motivada pela memória desempenhar um papel crítico na capacidade de reconhecer cheiros. Portanto, se uma pessoa não consegue sentir o cheiro de produtos comuns, como xampu, gel de banho ou sabonete durante o banho, isso pode indicar um sinal de alerta.
Dez sinais de alerta para o Alzheimer:
- problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho;
- dificuldade para realizar tarefas habituais;
- dificuldade para comunicar-se;
- desorientação no tempo e no espaço;
- diminuição da capacidade de juízo e de crítica;
- dificuldade de raciocínio;
- colocar coisas no lugar errado, muito frequentemente;
- alterações frequentes do humor e do comportamento;
- mudanças na personalidade;
- perda da iniciativa para fazer as coisas.
Embora existam medicamentos em teste que mostram promessa no retardamento da doença, a detecção precoce continua sendo uma ferramenta essencial para enfrentar esse desafio crescente. Testes simples de memória podem ser usados para rastrear pessoas e iniciar o tratamento mais cedo, proporcionando melhores resultados a longo prazo. A conscientização sobre esses sintomas e a busca por avaliação médica adequada são cruciais para lidar com a demência de maneira eficaz e proativa.
Tratamento
Apesar de ainda não haver cura para a doença de Alzheimer, já existem opções de tratamento: medicamentos (disponíveis nas farmácias do SUS), reabilitação cognitiva, terapia ocupacional, controle de pressão alta, diabetes e colesterol, além de atividade física regular, podem ajudar a manter a qualidade de vida por mais tempo.
Formas de prevenção
- ter uma vida ativa e com objetivos;
- praticar atividade física regular por pelo menos por 150 minutos por semana;
- controlar os fatores de risco cardiovascular, como hipertensão e diabetes;
- procurar estudar e adquirir conhecimento;
- trabalhar sua capacidade de concentração;
- dormir bem.