SEÇÕES

Remédios para dormir bem: quando são necessários e quais os perigos? - Por que a pandemia prejudicou o sono?

Aumentou a procura de soluções para dormir bem na pandemia. Quando a higiene do sono não basta, medicamentos podem ajudar. Mas só com acompanhamento - Por que a pandemia prejudicou o sono?

Slide 5 de 5

Por que a pandemia prejudicou o sono?

Siga-nos no

Na França, um estudo publicado no Journal of Sleep Research com mais de 1 000 pessoas relatou que 41% delas tomaram alguma pílula para dormir sem prescrição médica já nos primeiros dois meses de lockdown. 

Nos Estados Unidos, receitas de medicamentos sedativos-hipnóticos vêm crescendo desde o início da pandemia, segundo levantamento do Centro Médico Cedars-Sinai, na Califórnia, nos Estados Unidos. Subiu a venda de remédios que ajudam a dormir também no Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sem dar detalhes das substâncias.

É preciso lembrar que boa parte da população convive com insegurança financeira, medo de pegar Covid-19 e dificuldade de fazer planos. Esses são alguns dos pontos estressores que mexeram com as noites da população na pandemia, segundo Martins.

“Esses fatores impactam diretamente na nossa saúde como um todo. Especificamente na saúde mental, gera transtornos depressivos e de ansiedade, e o ritmo do sono está muito vinculado a essas doenças”, afirma o psiquiatra.

Se algumas pessoas se beneficiaram com o home office ou a melhora do trânsito para chegar ao trabalho, a maioria sentiu o efeito da falta de rotina. “Antes do confinamento, a regularidade na hora de dormir e acordar era parte da obrigação social. Ao trabalhar em casa, o sono passou a ser irregular e começaram as dificuldades”, avalia Dalva.

A rotina é essencial para o bom funcionamento do corpo e a ausência dela pode confundir os sistemas. “Nosso organismo trabalha com vários relógios, como os que regulam as funções gastrointestinais, as cardiovasculares, de regulação da pressão arterial, do apetite e também do sono e da vigília”, ensina a médica.

Ter horários definidos para acordar e dormir e avaliar o tempo de sono necessário para o pleno descanso (que costuma ser de sete a oito horas e meia por noite) são regras importantes.

Carregue mais