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Remédios para dormir bem: quando são necessários e quais os perigos? - Natural não é sinônimo de seguro

Aumentou a procura de soluções para dormir bem na pandemia. Quando a higiene do sono não basta, medicamentos podem ajudar. Mas só com acompanhamento - Natural não é sinônimo de seguro

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Natural não é sinônimo de seguro

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Ervas e fitoterápicos, como fórmulas à base de passiflora, camomila e valeriana, são vendidas livremente nas farmácias, mas também exigem cuidado. “É uma categoria ainda mais sensível, porque não há padrões de formulação, princípios ativos ou dosagens”, avalia Dalva. Um estudo publicado no periódico Sleep, da Oxford Academy, relata os riscos ao combinar substâncias naturais com as receitadas pelos médicos.

“Suplementos ou ervas também têm graus de interação com outros remédios. Pensando nisso, um idoso, por exemplo, que já faz diversos tratamentos, precisa comunicar o médico que precisa de ajuda para dormir”, alerta a médica do Instituto do Sono.

“Além de essas receitas não serem eficazes, esse intercâmbio de suplementos com medicamentos retarda o acesso das pessoas a tratamentos mais certeiros, inclusive as terapias comportamentais”, completa a expert, que reafirma a importância de investigar as causas da insônia.

E mesmo a interação de ervas traz riscos. Melissa, camomila e maracujá juntos ou em excesso funcionam como estimulantes em vez de acalmar, por exemplo.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o emprego da melatonina como parte de suplementos alimentares. Mas, para ter acesso à substância, popularmente conhecida como hormônio do sono, o jeito mais comum hoje ainda é levar uma prescrição médica a uma farmácia de manipulação. “Existem estudos com baixo nível de evidência sobre seus benefícios, por isso as diretrizes internacionais de tratamento de insônia não a indicam”, explica Dalva.

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