A linhaça é a maior fonte alimentar de lignanas, um tipo de fitoestrogênio com estrutura semelhante ao estrogênio humano. Essas substâncias são metabolizadas pela microbiota intestinal e transformadas em compostos biologicamente ativos. Por isso, seu efeito é especialmente benéfico para mulheres ao longo de diferentes fases da vida.
As lignanas interagem com receptores estrogênicos no organismo, modulando a ação dos hormônios naturais. Isso significa que elas podem tanto suavizar um excesso de estrogênio quanto complementar uma baixa hormonal. Essa dupla função faz da linhaça um recurso funcional para equilíbrio hormonal, principalmente durante o climatério e menopausa.
Estudos têm mostrado que a ingestão regular de lignanas reduz a intensidade de sintomas como ondas de calor, irritabilidade e alterações do sono. Esses efeitos ocorrem porque os fitoestrogênios ajudam a estabilizar variações hormonais comuns nessa fase. Além disso, podem contribuir para a saúde óssea, frequentemente prejudicada pela queda de estrogênio.
Há também pesquisas indicando que as lignanas podem desempenhar papel na prevenção de condições hormonais, como alterações endometriais e sintomas pré-menstruais. Embora não substituam tratamentos médicos, elas podem complementar estratégias de cuidado feminino. Isso faz da linhaça um alimento com potencial terapêutico relevante.