Hepatite: após surtos da doença, OMS faz alerta para importância da vacina

Mortes causadas pela doença estão aumentando no mundo todo; veja como se prevenir

Imagem ilustrativa de homem com hepatite | Reprodução/Internet
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Julho é o mês mundial de prevenção contra as hepatites. Essas inflamações virais infecciosas afetam o fígado e representam sério problema de saúde pública. No mundo, as mortes causadas pela doença estão aumentando e já são a segunda principal causa infecciosa de óbito, com 3,5 mil pessoas falecendo por dia e 1,3 milhão por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Apesar da natureza muitas vezes assintomática, as hepatites virais podem ser controladas com o diagnóstico precoce, melhoria no saneamento básico, acesso a tratamento adequado e, principalmente, a vacinação.

SURTO DE HEPATITE

Atualmente, Paraná, cidade de Curitiba, está enfrentando um surto de hepatite A. Conforme um boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, mais de 360 casos foram registrados entre janeiro e julho de 2024, representando um aumento de 7.220% em comparação com os cinco casos diagnosticados no mesmo período do ano passado.

Como as hepatites podem causar sintomas agudos e, em casos crônicos, levar a complicações graves, a capital paranaense também registrou cinco mortes relacionadas à doença e um transplante de fígado.

TIPOS DE HEPATITES

Existem cinco tipos de hepatites virais — A, B, C, D e E —, além de outras causadas por distúrbios autoimunes, medicamentos e drogas. Entre as mais comuns, a hepatite A, que geralmente aparece na infância e adolescência, é conhecida por seus sintomas iniciais sutis, que incluem febre, mal-estar e icterícia. Já as hepatites B e C são mais preocupantes devido à sua capacidade de evoluir para formas crônicas severas, como cirrose e câncer de fígado. 

VACINAÇÃO

"O sistema de saúde oferece ampla vacinação contra a hepatite B e, desde 2014, a vacina de hepatite A tem sido administrada em crianças de 1 a 5 anos e aos adultos do grupo de risco descritos no protocolo no Ministério da Saúde. Isso é fundamental para protegermos a população e contermos a disseminação dessas doenças infecciosas", explica o médico Jean Tafarel, em entrevista ao Notícias ao Minuto.

A vacina contra a hepatite A é oferecida em duas doses, com intervalo de seis meses, e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde e na rede privada. 

Já a vacina contra a hepatite B é administrada em três doses e é recomendada para todas as faixas etárias, especialmente para gestantes não vacinadas. Ambas as vacinas são amplamente acessíveis e desempenham um papel crucial na prevenção da doença.

PREVENÇÃO

Hepatite A: é mais comum em áreas com saneamento básico precário, sendo a higiene a principal forma de prevenção. Isso inclui lavar bem as mãos antes de comer, higienizar os alimentos consumidos crus e evitar contato com água contaminada. 

Hepatites B, C e D: é fundamental não compartilhar objetos pessoais como lâminas de barbear e seringas, além de usar preservativos nas relações sexuais.

"Promover a vacinação e conscientizar sobre as medidas preventivas pode ajudar a controlar a disseminação das hepatites virais. É essencial que a população esteja informada sobre os riscos e as formas de prevenção, visando reduzir o número de novos casos e melhorar a qualidade de vida daqueles já infectados", finaliza Jean Tafarel.

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