A gordura saturada, encontrada em alimentos como produtos derivados da carne, laticínios, bolos e biscoitos, pode realmente ser uma vilã: em excesso, ela nos coloca na zona de risco de infarto e AVC. Por isso, a OMS recomenda que sua ingestão represente menos de 10% das calorias ingeridas no dia. Mas evitar todo e qualquer alimento gorduroso não é, necessariamente, um hábito saudável. Isso porque, ao contrário da saturada, a gordura insaturada é benéfica à saúde.
"Em quantidades adequadas, a gordura boa é importante porque atua no transporte e absorção de vitaminas para o nosso organismo, como a A, D, E e K, que ajudam a prevenir hemorragias e osteoporose", exemplifica Sônia Trecco, nutricionista chefe do Serviço de Atendimento Ambulatorial da Divisão de Nutrição e Dietética do Instituto Central do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
Encontrada em alimentos como abacate, amendoim, nozes, azeite e salmão ou sardinha, a gordura insaturada também ajuda a diminuir o colesterol "ruim" (LDL) e a evitar doenças cardiovasculares. Mas não exagere. Na média, nosso consumo diário de gordura não deve ultrapassar 30% da ingestão calórica total.