Embora não apareça nas certidões de óbito, o estresse crônico é apontado por especialistas como um dos principais responsáveis silenciosos pelas doenças que mais matam no planeta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já classifica o estresse como a “epidemia do século”, e alerta: suas consequências podem ser tão perigosas quanto doenças cardiovasculares, câncer ou diabetes.
O que é o estresse e como ele adoece o corpo?
O estresse é uma reação natural do organismo diante de situações de ameaça ou pressão. Em curto prazo, é útil. O problema começa quando ele se torna contínuo, mantendo o corpo em alerta permanente e produzindo hormônios como adrenalina e cortisol em excesso.
Esse estado de tensão prolongada provoca:
• Aumento da pressão arterial e batimentos cardíacos;
• Comprometimento da imunidade, facilitando infecções;
• Inflamações no corpo, associadas a câncer, diabetes e envelhecimento precoce;
• Alterações no sono, memória e humor, abrindo caminho para ansiedade e depressão.
Ligação direta com doenças fatais
As doenças cardiovasculares, que causam cerca de 18 milhões de mortes por ano, têm forte relação com o estresse crônico. Estudos mostram que pessoas expostas a longos períodos de tensão têm até 70% mais risco de sofrer infarto ou AVC.
Além disso:
• Quadros de ansiedade e depressão, frequentemente originados pelo estresse, são causa de incapacidade física e emocional e podem levar ao suicídio;
• Distúrbios gastrointestinais, diabetes descontrolado, obesidade e até certos tipos de câncer podem ser agravados por um organismo sob tensão constante.
Por que o estresse não aparece nas estatísticas de morte?
O estresse não é registrado como causa oficial de óbito, porque ele não mata diretamente — mas alimenta as doenças que o fazem. Médicos classificam como “morte por infarto”, “AVC” ou “insuficiência cardíaca”, embora o fator desencadeante possa ter sido o estresse.
Por isso, especialistas o chamam de assassino silencioso, um agente invisível escondido atrás dos números.
Como combater esse vilão moderno
As principais recomendações de cardiologistas e psicólogos incluem:
• Sono regular e de qualidade;
• Atividade física;
• Alimentação equilibrada;
• Redução do consumo de álcool, cigarro e cafeína;
• Momentos de descanso, lazer e convívio social;
• Acompanhamento profissional, quando surgem sinais emocionais graves.
Conclusão
Não é exagero dizer que o estresse está na raiz de grande parte das doenças que mais matam. Ele não aparece como diagnóstico final, mas está presente no início do problema. Reconhecê-lo e tratá-lo deixou de ser luxo – é uma questão de saúde pública.