Cientistas do Instituto de Pesquisa Médica QIMR Berghofer fizeram uma descoberta significativa no combate às doenças crônicas do fígado. O estudo foi publicado na revista Science Signaling e revela como a ferritina elevada, uma proteína que normalmente armazena ferro dentro das células, causa inflamação que pode levar a disfunção hepática, incluindo cirrose, câncer de fígado e insuficiência hepática.
A ferritina não atua apenas como um marcador passivo de inflamação, mas também estimula uma cascata de eventos em nível celular que acelera a inflamação do fígado. Essa inflamação é crucial no desenvolvimento inicial de cicatrizes no fígado, a fibrose hepática.
COMO A FERRITINA ATUA?
Foi descoberto na pesquisa que a ferritina se liga a receptores em um tipo específico de fibroblasto hepático, chamado células estreladas hepáticas, desencadeando a liberação de citocinas potentes e específicas que contribuem para a fibrose e a perda progressiva da função hepática.
O próximo passo agora, após o entendimento desses mecanismos, é buscar interromper essa interação entre a ferritina e seu receptor para mitigar a inflamação hepática. Este avanço representa um passo inicial crucial na busca por alvos terapêuticos potenciais que poderiam aliviar a inflamação e transformar a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo que sofrem de doença hepática.
O objetivo futuro é desenvolver novos terapêuticos anti-inflamatórios para tratar a inflamação e a fibrose e prevenir a progressão das doenças hepáticas crônicas.
CUIDE DO SEU FÍGADO
Algumas medidas para cuidar do fígado incluem adotar uma dieta saudável e equilibrada, evitar o consumo excessivo de álcool, não fumar, evitar o uso de drogas ilícitas e manter acompanhamento médico para diagnosticar problemas precocemente.