Evidências recentes mostram que problemas no sono e a curta duração dele faz aumentar o risco de infecção. Um novo estudo buscou avaliar se os problemas crônicos do sono, o distúrbio crônico da insônia, a preferência circadiana e a duração do sono têm alguma ligação com o risco de infecções e com o uso de antibióticos.
A avaliação foi feita com base no relato de pacientes que se consultaram com um clínico geral. Os pesquisadores passaram um questionário nas salas de espera dos consultórios de clínica geral na Noruega, para que os pacientes que lá estavam respondessem. Foram coletadas 1.848 pesquisas em todo o país.
Nos questionários, foi pedido a esses pacientes que fizessem uma descrição da qualidade do seu sono, relatando quanto tempo normalmente elas dormiam, como se sentem dormindo e quando preferem dormir. Também foi perguntado se eles tiveram alguma infecção ou usaram antibiótico nos últimos três. A pesquisa tinha ainda uma escala que identifica casos de transtorno de insônia crônica.
Resultados
Os estudiosos perceberam que as pessoas que falaram que dormiam menos de seis horas por noite possuiam 27% mais chances de relatar que teve infecção. Já entre os pacientes que diziam dormir mais de nove horas por noite essa chance subia para 44%. Entre os pacientes que costumavam dormir menos de seis horas por noite ou que possuíam insônia crônica, também era maior o risco de ele necessitar do uso de antibiótico para superar uma infecção.
De acordo com os autores do estudo, um risco maior de ser acometido por uma infecção entre os pacientes que relataram ter distúrbio crônico de insônia revela que o sono ruim, ou sono de pouca qualidade, pode torná-lo mais vulnerável a desenvolver uma infecção. Isso mostra a importância de cuidar da sua noite de sono.
A pesquisa teve como conclusão, portanto, que entre as pessoas que foram ao médico de família, a insônia crônica, a curta duração do sono e o problema crônico do sono têm alguma ligação com uma maior incidência de infecção e uso de antibióticos. Esses achados suportam a noção de uma forte associação entre sono e infecção.