Quando se fala em dor de barriga, geralmente refere-se a algo mais amplo, indicando todo e qualquer desconforto na região abdominal. Já o termo “dor no estômago” costuma ser algo mais específico, pois sinaliza que a dor está localizada na parte superior central do abdômen, conhecida na medicina como epigastro.
No entanto, é importante ressaltar que, mesmo sendo um problema comum nos atendimentos médicos, a "dor no estômago" pode não estar relacionada com este órgão. Diante disso, é fundamental que haja uma avaliação por um médico, que fará perguntas e exame físico necessários para se chegar ao diagnóstico. O alerta é do gastroenterologista no HCSG (Hospital e Clínica São Gonçalo), Eric Pereira.
"É importante saber que muitos órgãos do nosso abdome compartilham a mesma inervação e com isso uma dor ‘no estômago’ (região central superior) pelo paciente pode ser do pâncreas, do intestino, da vesícula, do esôfago, do fígado, etc", aponta o especialista. É necessário, portanto, ajuda de um profissional para ter um diagnóstico preciso.
O que fazer no caso de uma dor no estômago?
Ao sentir qualquer desconforto abdominal, a pessoa deve ir em buscar de atendimento médico, seja de um cirurgião ou de um gastroenterologista. Esses profissionais farão uma anamnese detalhada, levando em consideração os atuais sintomas, mas também o passado cirúrgico, as doenças associadas e o uso de medicamentos, dentre outros fatores.
Desta forma, o médico levantará a suspeita de qual órgão está sendo afetado e fará a solicitação dos exames necessários para se chegar a um diagnóstico preciso e assim se busque o tratamento adequado. O profissional alerta sobre os perigos de ignorar uma dor no estômago - o que geralmente está associado a automedicação.
"Os riscos de ignorar os sintomas são de acabar não fazendo o diagnóstico de doenças que podem complicar e colocar a vida do paciente em risco, como úlceras, refluxo crônico e até câncer", destaca o médico. Segundo o profissional, o mais importante é sempre investigar o que causa o desconforto do paciente, e não só dar remédios para curar os sintomas.