Estudo revela tipo sanguíneo com maior risco de câncer no estômago

A pesquisa alemã também apontou o tipo sanguíneo com menor chance de desenvolver a doença

O câncer de estômago é o quarto tipo mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres | Reprodução: Internet
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Uma nova pesquisa conduzida pela University Hospital Magdeburg, na Alemanha, revelou o tipo sanguíneo que pode ter ligação com o risco de desenvolver câncer de estômago. O estudo contou com dados de mais de 5.800 pessoas com o tumor. A equipe de pesquisa analisou dados de dez estudos de genoma em toda a Europa.

A análise realizada pelos responsáveis do estudo confirmou que os processos moleculares ligados ao câncer gástrico variam muito, dependendo da gravidade do subtipo de câncer. No entanto, é possível estabelecer parâmetros concretos ao determinar o perfil de risco genético. Pesquisas anteriores já tinham descoberto que cinco seções de DNA no genoma humano estão associadas a subtipos de câncer gástrico.

O estudo alemão confirmou isso e identificou mais duas seções de DNA associadas a um risco aumentado de câncer gástrico. A análise também revelou que o tipo sanguíneo também desempenha um papel na suscetibilidade à doença. O tipo sanguíneo A foi associado ao maior risco. O grupo sanguíneo O, por outro lado, apresentou menor risco desse tipo de câncer.

Fatores de risco

Se engana quem pensa que apenas o fator genético desempenha um papel no desenvolver do câncer de estômago. Outros fatores associados ao tumor estão o avanço da idade e a inflamação da mucosa gástrica causada pelo patógeno bacteriano Helicobacter pylori também aumentam o risco de formação de tumores. Além disso, a alta ingestão de sal e o excesso de carne também podem contribuir. Também há evidências de que azia crônica aumenta o risco de certos tipos de tumores na área entre o estômago e o esôfago.

No Brasil

Em nosso país, o câncer de estômago é o quarto tipo mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres, segundo informações do Ministério da Saúde. Dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimaram que para cada ano do triênio 2020/2022, foram diagnosticados no Brasil 21.230 novos casos de câncer de estômago (13.360 em homens e 7.870 em mulheres). Esses valores correspondem a um risco estimado de 12,81 casos novos a cada 100 mil homens e 7,34 para cada 100 mil mulheres.

O câncer de estômago afeta principalmente as pessoas mais velhas, sendo a idade média do diagnóstico aos 68 anos. Cerca de 60% dos pacientes com câncer de estômago têm 65 anos ou mais. O risco médio de um homem desenvolver câncer de estômago em sua vida é cerca de 1 em 95, para as mulheres esse risco é de 1 em 154. Os riscos individuais podem ser influenciados por alguns outros fatores.

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