Quando se inicia o processo de perda de peso, o maior aliado, sem dúvida, junto com a prática de atividade física, é uma alimentação saudável e balanceada. Para isso, é necessário buscar alimentos que estejam alinhados a esse objetivo. O blog Eu Atleta do Globoesporte.com mostra que dietas à base de plantas podem reduzir a gordura do corpo através de uma variedade de mecanismos, que levam cumulativamente à redução da ingestão de calorias e ao aumento do gasto de energia.
O médico endocrinologista Guilherme Renke explica que isso se dar por alguns motivos, o primeiro deles é pela densidade calórica reduzida da dieta geral, ou seja, ela tem menos calorias por peso; há ainda a maior e melhor saciedade que ela proporciona; o aumento da termogênese (que seria a “queima” de gordura) pelo aumento da sensibilidade à insulina e ainda um aumento potencial no tecido adiposo bege pelo efeito browning, ou “bronzeamento” na tradução, do tecido adiposo branco, que estoca o excesso de energia na forma de lipídeos e está diretamente relacionado à obesidade. O bege, por sua vez, estoca energia, mas, à maneira do marrom, estimula a taxa metabólica corporal e dissipa esta energia.
O médico fez uma comparação com outros tipos de alimentos e explica que os processados, que possuem menor quantidade de fibras, e os alimentos têm maior teor de gordura são mais densos em calorias. Essa densidade calórica refere-se ao número de quilocalorias (kcal) por unidade de peso do alimento.
“Alimentos vegetais inteiros contêm principalmente água por peso; assim, esses alimentos geralmente apresentam baixa densidade calórica. Além disso, a fibra constitui peso, mas não contribui totalmente para as quilocalorias esperadas de carboidratos digeríveis. Os indivíduos geralmente consomem o mesmo peso de alimentos durante as refeições. Portanto, a clara vantagem de consumir alimentos com baixa densidade calórica é que esses alimentos podem contribuir para o volume do estômago, sensação de plenitude e saciedade, mantendo a baixa ingestão calórica”, explica.
O endocrinologista explica que há exceções, que são os alimentos à base de plantas com pouca água, como pão (incluindo grãos integrais), que é seco; assim, a densidade calórica é aumentada nesses alimentos. Ele explica ainda que as nozes, que são secas e contêm calorias derivadas principalmente de gordura, têm uma densidade calórica significativamente maior.
Segundo médico, se considerarmos que o peso dos alimentos consumidos impacta amplamente a ingestão calórica, o teor de água das frutas provavelmente contribui substancialmente para os efeitos de redução de gordura. “Três maçãs ou três peras, por exemplo, pesam 300 g, grande parte deles vindos da água que elas contêm. Uma maçã fuji, por exemplo, é 84,3% água. Enquanto três biscoitos de aveia que contenham a mesma quantidade de fibras pesam 60 g; com isso, uma pessoa sente a necessidade de consumir uma quantidade muito maior de biscoitos para se sentirem saciadas”, pontua.