Conheça o sintoma súbito que pode aparecer uma semana antes do derrame

Saiba qual o sintoma súbito pode aparecer até uma semana antes de um derrame

Um dos sinais comuns que podem apontar para AIT é o delírio súbito | Reprodução: Internet
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De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), a cada hora, 11 pessoas morrem por consequências de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) no país — em 2020, foram quase 100 mil óbitos decorrentes do derrame cerebral. Em alguns casos, os derrames podem acontecer sem que a pessoa perceba. No entanto, em diversas ocasiões começam a desencadear sintomas de alerta nos dias que antecedem o evento.

O delírio súbito é um dos sinais indicadores. Além disso, muitos pacientes apresentam sintomas de miniAVC até uma semana antes de um AVC grave. MiniAVC é um termo comum usado para descrever um ataque isquêmico transitório (AIT). Ele é desencadeado por uma interrupção temporária no suprimento de sangue para uma parte do cérebro.

Este problema de saúde apresenta sintomas semelhantes a um acidente vascular cerebral, mas dura apenas alguns minutos e não causa lesão cerebral. Um dos sinais comuns que podem apontar para AIT é o delírio súbito, de acordo com um estudo publicado na revista da Academia Americana de Neurologia. O delírio repentino ou a confusão podem deixar a pessoa incapaz de falar com clareza.

A pessoa também pode se sentir desorientada e ter dificuldade para prestar atenção ou lembrar das coisas. A equipe de pesquisa descobriu os sinais precoces examinando 2.416 participantes, que sofreram um derrame isquêmico.Em 549 pacientes, os AITs apareceram antes da emergência real e ocorreram na semana que levou ao AVC na maioria dos casos.

Segundo os autores do estudo, sabendo que os AITs são frequentemente um precursor de um derrame grave, a pessoa deve iniciar tratamentos eficazes para que se evite um derrame. “Este estudo indica que o momento de um TIA é crítico e os tratamentos mais eficazes devem ser iniciados horas depois de um TIA, a fim de evitar um ataque maior”.

Prevenção

Especialistas apontam que um médico deve avaliar paciente por paciente para analisar fatores de risco e implementar medidas para evitar problemas no futuro. Julio Peclat, presidente da SBACV, conta que a doença é de manifestação aguda ou subaguda, e o paciente percebe, em um primeiro momento, perda de força, dificuldade de fala e perda de visão súbita. É importante procurar atendimento médico o quanto antes — o tempo é essencial para evitar sequelas ou que o quadro evolua para óbito.

Entre os mais de 1 milhão de brasileiros que faleceram de AVC nos últimos 10 anos, cerca de 60% tinha menos de 80 anos. A maior parte dos casos aconteceu no Sudeste (432.179) e no Nordeste (284.050). O AVC é a segunda enfermidade que mais causa óbitos no Brasil, atrás apenas de doenças cardiovasculares. O documento da SBACV mostra ainda que, em 2021, quase 195 mil pessoas foram internadas no SUS para tratar a doença — cerca de 33 mil morreram.

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