Você sabia que o café tem bioativos capazes de controlar a pressão arterial? É o que diz uma pesquisa publicada na revista científica Nutrients, que teve como amostra 720 homens e 783 mulheres, que tiveram seus hábitos de consumo de café em relação aos parâmetros da pressão arterial periférica analisados.
O estudo italiano feito por pesquisadores da Universidade da Bolonha concluiu que beber café ajuda a controlar a pressão arterial alta. “Os resultados que obtivemos mostram que os bebedores regulares de café têm pressão arterial significativamente mais baixa, tanto periférica quanto centralmente, do que os não bebedores”, explica Arrigo Cicero, professor do Departamento de Ciências Médicas e Cirúrgicas da Universidade de Bolonha e primeiro autor do estudo.
Quantas xícaras de café tomar?
O efeito benéfico foi observado entre aqueles que beberam dois ou três cafés. Esses tiveram a pressão mais controlada que os que bebiam apenas um ou nenhum. A explicação, segundo Cícero, é que a cafeína é apenas um dos vários componentes do café e certamente não é o único que tem um papel ativo. Segundo ele, efeitos positivos na saúde humana foram registrados até mesmo entre aqueles que consomem café descafeinado.
“Sabemos que a cafeína pode contribuir para o aumento da pressão arterial, mas outros componentes bioativos do café parecem contrabalançar esse efeito, com um resultado final positivo em relação aos níveis de pressão arterial”, disse.
Benefícios
Além disso, o café é uma bebida rica em ácido clorogênico, ácido cafeico e kahweol, que são compostos bioativos com propriedades antioxidantes, que ajudam a combater os radicais livres, prevenindo envelhecimento precoce, câncer, depressão e diabetes. A bebida tem ótimas quantidades de cafeína, um composto que estimula o sistema nervoso central, ajudando a combater a depressão, melhorando o humor e a disposição física e mental.
Alta no consumo
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), o consumo interno de café no país registrou crescimento em 2020: foram 21,2 milhões de sacas entre novembro de 2019 e outubro de 2020, o que representa uma alta de 1,34% em relação ao período anterior, que considerou dados de novembro de 2018 a outubro de 2019. Os números coletados pela ABIC revelam ainda que, no ano passado, o Brasil manteve a posição de segundo maior consumidor de café do mundo.