Conheça bebida anti-inflamatória que ajuda a reduzir o risco de câncer

Pesquisa analisou o impacto de bebida natural com propriedades anti-inflamatórias na saúde em geral

Estudo revelou benefícios reais para a saúde, incluindo a possibilidade de viver mais e reduzir o risco de câncer. | Reprodução: Internet
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Um novo estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology, analisou minuciosamente o impacto do café descafeinado, moído e instantâneo com propriedades anti-inflamatórias em quase meio milhão de pessoas. Fugindo de muitos produtos da moda sem comprovação científica, essa pesquisa revelou benefícios reais para a saúde, incluindo a possibilidade de viver mais e reduzir o risco de câncer.

A descoberta revelou que a popular bebida, sendo a segunda mais consumida no Brasil, pode reduzir o risco de morte em até 27%. Além disso, o estudo apontou que o consumo regular de café pode aumentar a expectativa de vida em até 10 anos. No entanto, é necessário ressaltar que os resultados podem variar de acordo com a saúde e os genes individuais de cada pessoa.

Os voluntários da pesquisa foram submetidos a um questionário detalhado sobre seu consumo diário de café, incluindo o tipo de café consumido, como instantâneo, moído ou descafeinado. Com base nas respostas, os participantes foram divididos em seis grupos, variando desde aqueles que não consumiam café até os que bebiam mais de cinco xícaras por dia.

Seguido de um acompanhamento médio de 12,5 anos, durante os quais foram analisadas informações de prontuários médicos e registros de óbito, os pesquisadores compararam os consumidores de café com os não adeptos a bebida em relação à incidência de arritmias, doenças cardiovasculares e mortalidade, levando em consideração fatores como idade, sexo, etnia, obesidade, pressão alta, diabetes, apneia obstrutiva do sono, tabagismo e consumo de chá e álcool.

Os resultados revelaram que todos os tipos de café estão associados a uma redução no risco de morte por qualquer causa. Como consumir duas a três xícaras por dia foi relacionado a uma probabilidade de 14%, 27% e 11% menor de morte para as preparações descafeinadas, moídas e instantâneas, respectivamente, em comparação com não consumir café. Os responsáveis pela pesquisa salientaram que a cafeína não parece ser o principal responsável pelos benefícios observados, uma vez que tanto o café descafeinado quanto o cafeinado apresentaram resultados semelhantes. 

Segundo o professor Peter Kistler, do Baker Heart and Diabetes Research Institute em Melbourne, Austrália, o café contém mais de 100 componentes biologicamente ativos, e são provavelmente os compostos não cafeinados que estão por trás das relações positivas entre o consumo de café, doenças cardiovasculares e sobrevida. Dessa forma, as descobertas indicam que o consumo moderado de café, independentemente do tipo, não deve ser desencorajado e pode ser apreciado como um hábito saudável para a saúde do coração.

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