Ciência revela que este tipo de dieta aumenta o risco de Alzheimer

Os hábitos diários, especialmente a alimentação, desempenham um papel fundamental no risco de desenvolver Alzheimer

Idoso | Reprodução/Internet
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Os hábitos diários, especialmente a alimentação, desempenham um papel fundamental no risco de desenvolver Alzheimer. Várias pesquisas indicam que uma alta ingestão de gorduras saturadas é um fator de risco significativo para a doença, aumentando consideravelmente as chances de seu aparecimento.

Recentemente, um estudo inovador publicado na revista Nutrients elucidou os mecanismos por trás dessa associação. Os pesquisadores utilizaram ratos com características semelhantes às da doença de Alzheimer, como acúmulo de beta-amiloide e declínio cognitivo, para investigar como a ingestão de gorduras afeta a condição, comparando-os com ratos saudáveis.

A partir de 21 dias de vida, os ratos foram divididos em dois grupos: um que seguiu uma dieta equilibrada e outro alimentado com uma dieta composta por 60% de gordura, durante um período de seis meses. Ao longo do experimento, os cientistas monitoraram não apenas o consumo alimentar e o peso dos animais, mas também suas respostas à glicose e à insulina.

Por que esta dieta aumenta a chance de Alzheimer?

Como esperado, os ratos que seguiram uma dieta rica em gordura ganharam mais peso e mostraram um metabolismo de glicose e insulina significativamente comprometido, resultado em grande parte da obesidade — um fator associado ao aumento dos riscos de diabetes tipo 2, hipertensão e problemas vasculares cerebrais.

Após seis meses, os pesquisadores analisaram o RNA extraído do soro, córtex e hipocampo dos roedores. Estudos anteriores já indicavam que dietas ricas em gordura prejudicam a memória e a capacidade de aprendizado, além de elevar a neuroinflamação e a produção de beta-amiloide no cérebro.

Os resultados do novo estudo mostraram que, além das alterações metabólicas, os ratos com dieta gordurosa apresentaram mudanças significativas em vários microRNAs (miRNAs) em comparação com os que seguiram uma dieta equilibrada. Esses miRNAs são fundamentais na progressão da neurodegeneração, e seu desequilíbrio, causado pelo consumo excessivo de gorduras, pode acelerar esse processo, aumentando os danos cerebrais.

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