Com a chegada do fim de ano, a tradição é celebrar com jantares e almoços fartos. Esse excesso, típico de dezembro, costuma vir acompanhado de um incômodo bastante conhecido pelos brasileiros: a azia.
Em entrevista à Fox News Digital, o médico Mark Shachner, disse que a azia costuma piorar nessa época porque as pessoas ingerem porções maiores, consomem alimentos mais gordurosos, comem mais doces e bebem mais álcool do que o habitual.
Para evitar o desconforto, combinar refeições grandes com horários tardios e deitar logo depois de comer cria a “receita perfeita para o refluxo”.
COMER DEMAIS E RÁPIDO
Um dos grandes vilões do desconforto no estômago que prova a azia é a prática de comer em grandes quantidades e sem uma mastigação adequada dos alimentos.
Shachner recomenda porções menores, mastigação lenta e evitar repetir o prato até que a digestão esteja concluída. Permanecer em pé ou sentado de forma ereta por duas a três horas após as refeições também facilita o esvaziamento do estômago.
LANCHES NOTURNOS
Um outro fator é fazer lanches em horários avançados, principalmente à noite, o médico aconselha fazer a última refeição duas ou três horas antes de ir para a cama. Deitar logo após comer favorece o retorno do ácido ao esôfago e aumenta o risco de refluxo.
NÃO SE MOVER APÓS REFEIÇÕES
O especialista também explica que é essencial fazer caminhadas leves ou atividades suaves para auxiliar o estômago a trabalhar melhor após uma refeição pesada.
“Uma caminhada leve depois de comer ajuda na digestão e reduz o refluxo”, afirma o gastroenterologista. Ele também desaconselha tirar cochilos após o almoço ou jantar.
NÃO IDENTIFICAR GATILHOS
É importante notar que algumas comidas e bebidas são mais propensas a causar azia, como pratos fritos ou gordurosos, molhos de tomate, cítricos, chocolate, hortelã, álcool, café e refrigerantes.
“Os gatilhos variam de pessoa para pessoa, por isso é importante prestar atenção ao que causa desconforto”, destaca o médico.
Shachner alerta para o uso frequente de antiácidos e redutores de acidez. Segundo ele, o ideal é que esses medicamentos sejam usados com orientação profissional, para tratar a causa do problema e não apenas aliviar momentaneamente os sintomas