A ressaca é a responsável por provocar aquela famosa sensação de mal-estar no dia seguinte ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, e se caracteriza por diversos sintomas desagradáveis. Para tentar aliviar ou até mesmo evitar seus efeitos, muitos recorrem a um velho conselho: “beba água para evitar a ressaca”. Mas será que ele realmente funciona?
Embora seja uma droga socialmente e legalmente aceita, o álcool traz uma série de prejuízos ao corpo, além dos desconfortos como a ressaca. O nutrólogo Vinícius Sampaio, em entrevista ao CNN, explica que a ressaca consiste em um conjunto de sintomas mentais e físicos provocados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
“Essa substância é mais tóxica que o etanol e leva horas para ser metabolizada. Com essa intoxicação, seus efeitos são diversos, como dor de cabeça, náusea, hipoglicemia, tremores, fadiga e mal-estar”, explica o nutrólogo.
BEBER ÁGUA AJUDA?
O conselho para se manter hidratado durante o consumo de álcool é frequentemente oferecido e acatado com objetivo de que os efeitos da ressaca sejam amenizados ou até mesmo prevenidos. Entretanto, beber água não ajuda a prevenir a ressaca.
Após um estudo publicado na revista Alcohol, revisar 13 trabalhos sobre a relação entre a ressaca e a desidratação, o que se observou é que, embora a ressaca e a desidratação ocorram em paralelo, uma não é a causa da outra. Isso significa que beber água não é uma estratégia eficaz para aliviar ou evitar os efeitos da ressaca – mas, sim, da desidratação.
COMO PREVENIR A RESSACA?
Uma vez que a água não se mostra como uma aliada para evitar a ressaca, vale buscar outras estratégias que cumpram essa função. É neste momento que a alimentação ganha destaque.
“É essencial dar preferência a alimentos leves e evitar o consumo de frituras e gorduras (arroz, massas integrais, frutos do mar). Eles podem dificultar a digestão e agravar a ressaca”, diz o nutricionista.