A Polícia Civil do Maranhão, através da Delegacia de Homicídios de Timon, investiga o duplo homicídio, contra o cabeleireiro Adriano Pereira da Silva, de 34 anos, e o adolescente Paulo Roberto Saturtino, de 13 anos, ocorrido em um sítio na localidade Cabeceira da Índia, zona Rural da cidade.
Em entrevista ao repórter Matheus Oliveira, da Rede MN, o delegado Otávio Chaves, responsável pela investigação, revelou que a polícia já tem pelo menos dois suspeitos de terem cometido o crime, mas a motivação ainda segue desconhecida.
Conforme o delegado, o namorado do cabeleireiro, um policial aposentado, com quem mantinha um relacionamento de mais de 10 anos, foi quem encontrou os corpos no sítio e ao lado do corpo de Adriano, foi encontrado uma arma de fogo. De acordo com Otávio Chaves, até o momento a investigação não aponta para um possível crime de homofobia.
“A gente acredita na possibilidade de duas execuções, até pela forma como os corpos foram encontrados com marcas de tiro na cabeça. Qualquer pessoa que tem ligação com as vítimas, a gente tem que investigar, não podemos dizer que o namorado é o principal suspeito, mas foi ele que encontrou os corpos, chamou a polícia e ele tem colaborado com as investigações e já prestou depoimento”, declarou o delegado.
Os dois corpos foram encontrados na terça-feira (2), mas o delegado destacou que a perícia ainda apura se as vítimas tenham sido mortas durante a madrugada de segunda-feira (1º). Os corpos foram encontrados no sítio que é de propriedade de Adriano e Paulo Roberto era filho do caseiro da propriedade e prestava serviços para Adriano. O corpo do cabeleireiro estava caído na sala do imóvel, já o do adolescente estava na garagem.
“Temos informações que os adolescente as vezes tinha contato com ele. A gente acredita na vertente de execução por conta dos tiros na nuca. Foi encontrado uma arma ao lado do corpo de Adriano, que ele possuía registro”, acrescentou Otávio Chaves.
O delegado informou ainda que a investigação segue em fase de coleta de depoimentos dos amigos e familiares que tiveram contato com as duas vítimas. Tanto Adriano como Paulo Roberto não tinha, passagem pela polícia. Devido a localização do sítio, em uma área mais afastada ainda não apareceu nenhuma testemunha do crime.