Por Matheus Oliveira e Victor Melo
A Polícia Civil do Piauí, através do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), está investigando se o jovem Pedro Augusto Barbosa Pereira, de 22 anos, executado com mais de 10 tiros no momento em que chegava na residência da namorada no Conjunto Deus Quer, na zona Sudeste de Teresina, tinha ligações com facções criminosas.
O crime aconteceu no fim da noite desta quarta-feira (16) e foi registrado por câmeras de segurança. A vítima estava na calçada em sua motocicleta quando foi surpreendida por pelo menos três homens armados que saíram de um matagal e realizaram os disparos. Sua namorada presenciou toda a execução e ainda tentou impedir os criminosos de realizarem os disparos, mas foi contida e saiu do local.
Em entrevista para a Rede Meio Norte, o Delegado Bruno Ursulino, do DHPP, explicou que a vítima já tinha passagens pela polícia por roubo e porte ilegal de arma, além de responder por outros inquéritos. Conforme o delegado, a investigação está levantando sua rede de relacionamentos para constatar o jovem tinha ligação com alguma organização criminosa.
“A gente sabe que foi um ataque onde três pessoas efetuaram uma série de disparos contra a vítima. Nesse momento a gente está tentando analisar o porquê daquelas três pessoas, o porquê daquela sequência de disparos e da forma como foi. Fica evidenciado que foi uma execução e agora a gente precisa chegar na motivação para que a gente possa conduzir da melhor forma possível e chegar na autoria. O Pedro já tinha passagem pelo sistema prisional e respondia por alguns inquéritos. Tem passagem por roubo, por porte ilegal de arma de fogo e vamos investigar agora se eventualmente ele fazia parte de alguma organização criminosa; se o grupo dele estava ativo e saber os relacionamentos dele no mundo do crime até para que nos ajude na motivação desse caso”, pontua o delegado.
A informação se ele seria ou não estudante de Direito também está sendo levantada pelo DHPP, que prioriza nesse momento a autoria do crime, assim como a motivação. A reportagem apurou ainda que Pedro havia saído recentemente do sistema prisional onde seus familiares chegaram a pagar 70 mil para seus advogados.
“Ainda não deu tempo a gente fazer essa confirmação, tendo em vista que a gente estava dedicado ao cenário do crime. Existem provas que a gente tem que correr para que ela não desapareça do local. A gente está dedicado na autoria, motivação, analisando aí as características da vítima e quem seriam as eventuais testemunhas. Agora que vamos poder confirmar de fato essa história se ele era de fato estudante de Direito ou não”, finaliza Bruno Ursulino.