Velório de estudante de medicina é marcado por comoção e revolta

Velório de estudante de medicina é marcado por comoção e revolta

O velório do estudante de medicina da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Antônio Rayron Holanda, de 22 anos, acontece na manhã dessa segunda-feira (26), na sua cidade natal, Elesbão Veloso (160 km de Teresina), e é marcado pelo clima de comoção e revolta de familiares e amigos dojovem que foi morto com um tiro no peito, durante um assalto no domingo (25), por volta das 6h, no momento em que saia de um plantão no HUT e aguardava um ônibus em uma estação de passageiros, na avenida Miguel Rosa, zona Sul de Teresina.

Bastante comovidos, os familiares concederam entrevista para equipe da Rede Meio Norte, que foi até a cidade acompanhar o ultimo adeus ao jovem. Segundo o tio de Rayron, Raimundo Holanda, o jovem saiu de Elesbão Veloso aos 15 anos para estudar e com muito esforço e dedicação conseguiu ser aprovado no curso de medicina na UFPI e não costumava sair na capital, sua vida era para os estudos e trabalho.

“A vida dele era estudar, tinha muitos sonhos, queria melhorar a vida dele e de toda a família, cuidar do meu irmão, pai dele e a pergunta que fica até quando as autoridades vão olhar para esse tipo de pessoa que mata por qualquer coisa, esse tipo de pessoa não pode ficar em sociedade. Isso já chega, já basta, não é porque é de menor, que não pode ficar sem uma punição e o meu desejo é que a justiça seja feita”, afirmou. Rayron  perdeu a mãe aos cinco anos. Ela morreu no parto do irmão mais novo.

O sepultamento  de Rayron Holanda está marcado para às 16h de hoje no cemitério da cidade. Um grupo de amigos que estudavam com o jovem deve chegar na cidade a tarde para acompanhar o enterro. Os colegas de curso vão homenagear o jovem dando o seu nome a turma durante a solenidade de formatura.

Pelo menos três pessoas são suspeitas de participarem do assalto que terminou na jovem prematura do estudante. Um menos de 16 anos foi apreendido e confessou ser o autor do disparo que tirou a vida de Rayron. Ele confessou ainda que realizou outros dois assassinatos nos últimos 30 dias em Teresina.

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