A mãe do adolescente de 16 anos suspeito de tentar estuprar o colega, um outro estudante de 15 anos, dentro do banheiro do Centro de Ensino Profissional em Saúde Monsenhor José Luís Barbosa (Premen Sul), falou com exclusividade ao Ronda Nacional, com o apresentador Silas Freire, pela Rede Meio Norte, onde negou envolvimento do filho no caso.
“Ele não foi linchado até a morte ontem na escola porque meu filho foi guardado em um quarto, inclusive pessoas queriam entrar dentro desse quarto, queriam bater nele, queriam espancar ele. Quando colocaram ele na viatura, isso de noite, queriam [os próprios alunos do colégio] tirar ele de lá", contou.
Ainda abalada, ela afirma que não houve estupro. “Eu queria declarar que não aconteceu o estupro. E meu filho é uma pessoa evangélica”, acrescentou.
O gerente da 4ª Gerência Regional de Educação, Tarcísio Pires, informou que o estudante suspeito já foi afastado e será transferido para outra escola. Segundo ele, famílias dos adolescentes envolvidos não levaram as questões à polícia.
“Houve um consenso por parte desses familiares, tendo em vista que eles tinham conhecimento da condição de seus filhos e tomar essa providência de dar por encerrado. A escola, onde ocorreu esse caso desagradável, faz o papel de separar esses dois”, afirmou.
Arnaldo Eugênio, especialista em segurança, afirmou que casos de violência no ambiente escola são resultado da própria violência que assola a sociedade. “A questão da droga é nacional, e não é de hoje que nós alertamos que elas chegariam nas escolas. Ela é parte do processo de violência urbana e por isso as pessoas não se prepararam. A droga que circula na zona Norte é a mesma da zona Sul, mas a atuação de alguns órgão do Estado termina sendo o mesmo, ou seja, as pessoas não conhecem o problema: a violência na escola é fruto da violência na sociedade”, declarou.