Os frigoríficos do Estado do Mato Grosso, principal Estado produtor de carne bovina do país, estão começando a decretar férias coletivas devido às dificuldades de encontrar animais para o abate. As informações são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgados nesta segunda-feira (05)
De acordo com o instituto, apesar de outubro ser um dos maiores giros de confinamento e possibilitar a maior oferta de animais, o volume esperado ainda é aquém da demanda no Estado. Para os pesquisadores, o baixo nascimento de bezerros em 2017/2018 e os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o mercado, influenciam diretamente nesse cenário, além de outros fatores.
Para o Imea, esse contexto indica a necessidade cada vez maior da indústria por animais. “Em setembro, a oferta ainda não deu sinais de forte recuperação e as escalas seguiram em decréscimo mensal, agora de 8,27% e média de 6,00 dias”, explica o instituto.
Com pouca oferta e alta demanda, o indicador de preços calculado pelo instituto ficou em R$ 235,62 na última semana, alta de 2,03% ante o período anterior. Já a média do bezerro de ano ficou em R$ 2.075,15 por cabeça, valorização semanal de 4,24%. A alta ocorre mesmo com um aumento de 5,76% na oferta de bezerros, o que tende a elevar a disponibilidade de animais no futuro.
Por ora, contudo, a previsão ainda é de escalas apertadas e pouca oferta de gado no Estado, segundo aponta o boletim. “Para os próximos meses, há indícios de uma constante do atual cenário, uma vez que a disponibilidade de animais segue restrita, o que, inclusive, poderá ser um movimento atípico para o período”, explica o Imea.