China retira o embargo de carne bovina do Brasil

Vendas para o país asiático, o maior comprador, haviam sido suspensas em setembro após surgirem casos suspeitos de vaca louca em Minas Gerais e Mato Grosso.

A China retirou o embargo à carne brasileira que vigorava desde o início de setembro, informou o Ministério da Agricultura nesta quarta-feira (15).

A pasta não detalhou quais cortes poderão voltar a ser vendidos. Segundo a agência de notícias Reuters, o governo chinês autorizou a importação de cortes sem osso de animais de até 30 meses de idade.

A China é o maior comprador da carne brasileira. Em setembro, as vendas para o país asiático foram suspensas após dois casos atípicos de vaca louca terem sido notificados em Minas Gerais e Mato Grosso.

A medida atendeu a um protocolo sanitário firmado com a China, que prevê interrupção do comércio em caso de identificação da doença, ainda que os casos identificados no Brasil não apresentem risco de contaminação.

A decisão de retomada, por outro lado, dependia da China, que manteve o veto por meses mesmo após a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ter informado que as ocorrências não representam risco para a cadeia de produção bovina brasileira.

Principal mercado

A China é o principal mercado da carne bovina brasileira e compra quase metade das cerca de 2 milhões toneladas que o país exporta.

As exportações totais de carne do Brasil caíram 43% em outubro, para 108,6 mil toneladas, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo Abrafrigo.

Em receita, as vendas da carne bovina também diminuíram. No total, o faturamento da exportação chegou a US$ 541,6 milhões no mês passado, uma queda de 31%.

Com o embargo, o valor do boi caiu no país – mas o preço da carne não diminuiu nas prateleiras dos mercados.

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