O relatório da consultoria Cogo - Inteligência em Agronegócio desta da última segunda-feira (10) apontou uma tendência de alta nos preços das carnes de boi, frango e suíno neste segundo semestre de 2020.
De acordo com o levantamento, em São Paulo, o preço médio do boi gordo acumula alta de 2,7% nos últimos 30 dias e forte alta nominal de 47,3% nos últimos 12 meses. A tendência de alta no mercado de proteína bovina estaria ligada à persistência do cenário de oferta restrita de bovinos terminados, do forte avanço das exportações ao longo de 2020 e do fato de que o primeiro giro de confinamento ainda não está completo, situação que deve se aliviar apenas no fim de agosto.
No caso do frango, as cotações do animal vivo subiram 4% nos últimos 30 dias, acumulando uma alta nominal de 18,2% nos últimos 12 meses. A oferta no segmento, segundo a consultoria Cogo, está mais restrita e a demanda interna aquecida, com aumento na liquidez, especialmente nos mercados de frango inteiro, cortes e miúdos. A tendência de alta aqui estaria ligada à disponibilidade interna da carne enxuta e a dificuldades na compra de parte dos produtos avícolas, principalmente os que são mais destinados à exportação.
Em suínos, o relatório indica que os preços médios do animal vivo registram alta de 18% nos últimos 30 dias, acumulando uma alta nominal de 50,1% nos últimos 12 meses. As cotações do suíno vivo são recordes em algumas regiões, informa a Cogo, intensificadas pela baixa oferta de animais em peso ideal para abate, demanda interna mais aquecida e exportações registrando bom desempenho, o que também limita ainda mais a disponibilidade doméstica.