No 2º trimestre de 2020, foram abatidos 7,30 milhões de cabeças de bovinos, quantidade 8,0% inferior à obtida no 2° trimestre de 2019 e 0,3% acima da registrada no 1º trimestre de 2020. É o resultado mais baixo para um 2º trimestre desde 2011, levando em consideração a série histórica iniciada em 1997.
No 2º tri de 2020 foi abatido 1,41 bilhão de cabeças de frangos, queda de 1,0% em relação ao mesmo período de 2019 e recuo de 6,8% na comparação com o 1° trimestre de 2020. Este é o pior resultado para um trimestre desde o 2° trimestre de 2018.
O 2º trimestre de 2020 registrou o abate de 12,10 milhões de cabeças de suínos, um aumento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2019 e um acréscimo de 1,8% na comparação com o 1° trimestre de 2020.
Já a aquisição de leite cru foi de 5,76 bilhões de litros no 2º trimestre de 2020, equivalente à redução de 1,7% em relação ao 2° trimestre de 2019 e queda de 9,3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Considerando a série histórica, iniciada em 1997, o resultado representa a terceira maior captação de leite acumulada em um 2° trimestre, superada apenas pelos períodos equivalentes de 2019 e de 2014.
A produção de ovos de galinha foi de 974,15 milhões de dúzias no 2º trimestre de 2020, número 2,8% maior que o registrado no 2º trimestre de 2019 e 0,3% acima do que o apurado no trimestre imediatamente anterior.
Abate de bovinos é o menor para um 2° trimestre desde 2011
No 2º trimestre de 2020, foram abatidos 7,30 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 8,0% inferior à obtida no 2° trimestre de 2019 e 0,3% acima da registrada no trimestre imediatamente anterior. Trata-se do menor resultado para um 2º trimestre desde 2011. Na comparação mensal, abril apresentou a maior queda em relação à 2019, com 15,1% de cabeças abatidas a menos. Por outro lado, em junho foi detectado um aumento de 1,8%. A quarentena iniciada no fim de março de 2020, por conta pandemia do COVID-19, pode ter causado o maior impacto no mês subsequente, devido à reestruturação do setor para se adaptar ao cenário adverso.
O abate de 638,11 mil cabeças de bovinos a menos no 2º trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por reduções em 22 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação acima de 1,0%, as reduções mais significativas ocorreram em: Mato Grosso (-165,71 mil cabeças), Pará (-92,23 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-75,54 mil cabeças), Rondônia (-67,64 mil cabeças), Bahia (-51,51 mil cabeças), São Paulo (-34,38 mil cabeças), Goiás (-32,30 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-31,88 mil cabeças), Tocantins (-22,06 mil cabeças), Maranhão (-17,40 mil cabeças) e Acre (-16,96 mil cabeças). Em contrapartida, as maiores variações positivas ocorreram em: Santa Catarina (+14,06 mil cabeças) e Minas Gerais (+10,04 mil cabeças).
No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 16,0% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,5%) e São Paulo (10,7%).
Abate recorde de suínos
No 2º trimestre de 2020, foram abatidos 12,10 milhões de cabeças de suínos, representando aumentos de 6,2% em relação ao mesmo período de 2019 e de 1,8% na comparação com o 1° trimestre de 2020. Na comparação mensal, foi registrado o melhor resultado de abate para um mês de junho. O resultado consiste em um recorde para a série histórica. As exportações de carne suína, também recordes para um 2º trimestre, contribuíram para este setor da economia em meio ao panorama de incertezas ocasionado pela pandemia do Covid-19.
O abate de 708,61 mil cabeças de suínos a mais no 2º trimestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumento no abate em 11 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os estados com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Santa Catarina (+371,44 mil cabeças), Paraná (+230,33 mil cabeças), Minas Gerais (+138,38 mil cabeças), Mato Grosso (+41,83 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+29,04 mil cabeças) e São Paulo (+2,51 mil cabeças). Em contrapartida, quedas ocorreram em: Rio Grande do Sul (-76,49 mil cabeças) e Goiás (-47,09 mil cabeças).
No ranking das UFs, Santa Catarina continuou liderando o abate de suínos, com 28,4% da participação nacional, seguido por Paraná (20,8%) e Rio Grande do Sul (16,6%).
Paralisações na pandemia impactam na queda do abate de frangos
No 2º trimestre de 2020, foram abatidos 1,41 bilhão de cabeças de frangos, queda de 1,0% em relação ao mesmo período de 2019 e recuo de 6,8% na comparação com o 1° trimestre de 2020. É o pior resultado para um trimestre desde o 2° trimestre de 2018. Efeitos da pandemia da COVID-19, como paralisações temporárias devido ao contágio, que impactaram a produção dos frigoríficos, ajudam a explicar as quedas registradas.
O abate de 14,17 milhões de cabeças de frangos a menos no 2º trimestre de 2020, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado por queda no abate em 12 das 25 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram quedas em: Rio Grande do Sul (-20,75 milhões de cabeças), Goiás (-13,75 milhões de cabeças), Santa Catarina (-8,35 milhões de cabeças), Pará (-2,96 milhões de cabeças) e Mato Grosso (-2,47 milhões de cabeças). Em contrapartida, ocorreram aumentos em: Paraná (+25,12 milhões de cabeças), Minas Gerais (+3,21 milhões de cabeças), Bahia (+2,36 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (+2,28 milhões de cabeças) e São Paulo (+1,45 milhões de cabeças).
No ranking das UFs, Paraná continua liderando amplamente o abate de frangos, com 34,2% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,8%) e Rio Grande Sul (12,9%).
Aquisição de leite cru recua tanto frente ao 1º tri de 2020 quanto ao 2º tri de 2019
No 2º trimestre de 2020, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,76 bilhões de litros, resultado que significa redução de 1,7% em relação ao 2° trimestre de 2019, e retração de 9,3% em comparação com o 1º tri de 2020. Os 2° trimestres regularmente apresentam a menor captação, devido à etapa de entressafra nas principais bacias leiteiras do país. Os efeitos da pandemia de COVID-19 também impactaram o setor, ao reduzir o consumo de derivados lácteos. Apesar disso, considerando a série histórica, iniciada em 1997, o resultado representa a terceira maior captação de leite acumulada em um 2° trimestre, superada pelos períodos equivalentes do ano anterior e de 2014. O mês de maior captação dentro do segundo trimestre de 2020, foi abril, no qual foram contabilizados 1,94 bilhão de litros de leite.
No comparativo do 2º trimestre de 2020 com o mesmo período em 2019, o decréscimo de 102,06 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de reduções registradas em 16 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, as diminuições mais significativas ocorreram em Goiás (-45,16 milhões de litros), Rio Grande do Sul (-44,38 milhões de litros), Paraná (-31,97milhões de litros), Rio de Janeiro (-13,44 milhões de litros) e São Paulo (-9,57 milhões de litros). Em compensação, os acréscimos mais relevantes ocorreram em Sergipe (+18,89 milhões de litros), Rondônia (+18,27 milhões de litros) e Bahia (14,84 milhões de litros).
Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,4% da captação nacional, seguido por Paraná (12,8%) e Rio Grande do Sul (12,6%).
No 2º trimestre de 2020, os curtumes declararam ter recebido 7,32 milhões de peças de couro, uma redução de 12,8% em relação ao adquirido no 2° trimestre de 2019 e queda de 3,3% frente ao 1° trimestre de 2020. Esse resultado tem relação com as quedas do abate de bovinos verificadas em abril e maio. Abril apresentou a menor captação no período, com 2,20 milhões de peças, 21,6% a menos do que o verificado no mês equivalente do ano anterior. Cabe lembrar que a Pesquisa Trimestral do Couro investiga apenas os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano.
O comparativo entre o 2º tri de 2020 e o 2º tri de 2019 mostra uma variação negativa de 1,07 milhão de peças adquiridas pelos estabelecimentos, proveniente da redução em 15 das 19 Unidades da Federação que possuem curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa. As variações negativas mais expressivas ocorreram no Rio Grande do Sul (-246,57 mil peças), Mato Grosso (-205,23 mil peças), Mato Grosso do Sul (-197,88 mil peças), São Paulo (-181,85 mil peças) e Pará (-134,38 mil peças).
Mato Grosso continua na liderança das unidades da federação que recebem peças de couro cru para processamento, com 16,1% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,9%) e São Paulo (11,2%).
Situação econômica ajuda a explicar aumento na produção de ovos de galinha
A produção de ovos de galinha foi de 974,15 milhões de dúzias no 2º trimestre de 2020, número 2,8% maior que o registrado no 2º trimestre de 2019 e 0,3% acima do que o apurado no trimestre imediatamente anterior. O pico da produção ocorreu em maio, quando foram contabilizadas 326,73 milhões de dúzias, 2,0% acima da produção do mês equivalente de 2019. Períodos de recessão econômica como o do isolamento social por conta da pandemia do COVID-19 tendem a aumentar o consumo de ovos de galinha, por se tratar de uma fonte de proteína mais acessível do que as carnes.
A produção de 26,34 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, no comparativo dos 1os trimestres 2020/2019, foi impulsionada por aumentos em 18 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Os aumentos mais intensos ocorreram em São Paulo (+6,35 milhões de dúzias), Mato Grosso (+5,80 milhões de dúzias), Santa Catarina (+4,43 milhões de dúzias), Paraná (+4,26 milhões de dúzias), Rio Grande do Sul (+3,94 milhões de dúzias) e Bahia (+3,60 milhões de dúzias). Em contrapartida, as retrações mais consideráveis ocorreram em Minas Gerais (-6,45 milhões de dúzias), Goiás (-1,58 milhão de dúzias) e Espírito Santo (-1,12 milhão de dúzias).
Durante o primeiro trimestre de 2020, o Estado de São Paulo se manteve como maior produtor de ovos dentre as Unidades da Federação, com 29,1% da produção nacional, seguido por Paraná (9,3%) e Espírito Santo (9,2%).