Em coletiva para a imprensa, o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, deu detalhes acerca da prisão dos suspeitos de matarem a estudante de medicina Flávia Cristina Wanzeler, 23 anos, durante uma tentativa de assalto no último domingo (12) em Teresina. Ele revelou que um terceiro suspeito envolvido no crime já foi identificado e deve ser preso brevemente.
Francisco Emanoel dos Santos Gomes, de 22 anos, conhecido como “Biel”, suspeito que foi preso nesta segunda (13) e apontado como o autor do disparo que vitimou a estudante tem um vasto histórico criminal e havia sido posto em liberdade ano passado. Ele foi capturado em Caxias, no Maranhão.
Em entrevista à Rede Meio Norte, o delegado geral explicou que “Biel” responde por processos de roubo, inclusive um deles com condenação, homicídio e outros processos enquanto menor de idade. Ele foi capturado junto a outro suspeito do crime contra a estudante, identificado apenas por “Ceará”, que foi preso no bairro Morada do Sol, na zona Sul de Teresina.
“O primeiro a ser identificado foi esse indivíduo de alcunha ‘Biel’, com vasta ficha criminal, conseguimos pegá-lo hoje em Caxias e tão logo retornamos e conseguimos prender um outro indivíduo de alcunha ‘Ceará’. Ambos participaram desse latrocínio, aprendemos uma arma de fogo com o ‘Biel’ e estamos agora tentando prender o terceiro indivíduo que foi identificado. Esse ‘Biel’ foi posto em liberdade no ano passado, já responde por dois processos de roubo, um deles inclusive com condenação; também já foi denunciado por homicídio e teve dois processos enquanto menor de idade. Indivíduo que tem uma habitualidade criminosa comprovada. Infelizmente estava posto em liberdade praticando outros crimes. Nós vamos concluir essa investigação com êxito e nos solidarizamos com a família da vítima”, disse o delegado.
VEJA O MOMENTO EM QUE ELE CHEGA NO DHPP:
O Coronel Scheiwann Lopes, comandante da Polícia Militar do Piauí, destacou os esforços da Segurança nas investigações. Segundo ele, os presos também são apontados como autores de outros crimes fora de Teresina.
Durante o período da manhã de hoje, três homens suspeitos de envolvimento no assassinato da estudante foram conduzidos ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O veículo utilizado no crime, um Renault Kwid azul, também foi localizado na manhã de hoje, além de um adolescente apreendido sob suspeita de envolvimento no roubo do carro que foi usado pelos criminosos que assassinaram a jovem.
“São suspeitos de outros crimes em outras cidades. Tanto em Porto quanto Monsenhor Gil. A identificação deles foi muito importante tanto para a localização em Caxias, que estava tendo guarida pela namorada dele, lá foi encontrado uma arma de fogo, possivelmente usada no crime, com muita droga e equipamentos como rádios e materiais na outra casa aqui em Teresina. Prendemos o Biel, prendemos o Ceará e já temos identificado o terceiro participante que estava no veículo no momento do crime de latrocínio na capital. Logo vamos colocar as mãos nele”, disse o comandante da PM-PI.
O secretário de segurança pública, Chico Lucas, lamentou a morte da estudante e também pontuou os esforças para chegar até os suspeitos ativos no crime. Ele pediu esforços no combate a violência.
“Todos nós estamos consternados com a morte da estudante Flávia, uma jovem que tinha um futuro pela frente e dizer que nada vai trazer ela de volta, mas desde ontem, tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil, as inteligências não mediaram esforços para resolver esse problema. Nós nos reunimos ainda ontem no QCG da Polícia Militar durante a madrugada, todas as equipes mobilizaram informações, levantaram dados e chegamos a autoria desses três elementos com base em informações que nós tínhamos sobre câmeras, sobre uma série de questões, e hoje nós conseguimos prender o Biel em Caxias e o Ceará aqui em Teresina. Eu aproveito esse momento e a todos os telespectadores da Meio Norte, para conclamar todo mundo, você telespectador, as instituições, a imprensa e principalmente o sistema de justiça, o poder judiciário, o Ministério Público, a Defensoria, todos nós precisamos juntos com as polícias, enfrentar a criminalidade violenta. Todo mundo está cansado da violência, a violência é algo intolerável e nós não podemos permitir que continuamos vivendo com a cultura da tolerância”, disse.
* Por Victor Melo e Felipe Reis