Por Francy Teixeira
O governador maranhense Flávio Dino (PC do B) foi o entrevistado do Jogo do Poder desta quinta-feira, 13 de agosto; na ocasião, o líder estadual respondeu aos questionamentos dos jornalistas Amadeu Campos, Arimatéa Carvalho, Sávia Barreto e Ranielli Veloso.
Dino reafirmou que a esquerda estará presente no segundo turno das eleições de 2022, sinalizando também que Bolsonaro deve perder força. Sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador do Maranhão apontou que caso ele concorra sairá vitorioso no próximo pleito presidencial.
“Se o Lula tivesse disputado em 2018 tinha ganho, se disputasse em 2022 ele ganha. Eu tenho um certo distanciamento para poder dizer, minha análise baseada em fatos, é a principal liderança nacional e se disputasse em 2022 venceria”, disse.
Flávio Dino reverberou que a sentença do ex-juiz Sérgio Moro contra o líder petista provavelmente será anulada pelo Supremo Tribunal Federal.
“Erro gravíssimo, político e ético, essa sentença é muito frágil, acho que quando o Supremo analisar vai ser nula. Agora tem outros processos, eu diria que é possível (Lula concorrer em 2022), apesar de que hoje acho improvável”, frisou.
Filiado ao PC do B, o líder maranhense destacou o projeto de fortalecimento da sigla, que só conseguiu superar a cláusula de barreira se fundindo à outra legenda no pleito passado.
“Conseguimos ultrapassar a clausula de barreira com uma fusão, temos que buscar esse fortalecimento, pois é o partido mais antigo do Brasil”, disse.
Vacina contra a Covid-19
Flávio Dino sinalizou que continuará acompanhando as orientações do Consórcio Nordeste, que vem negociando a aquisição de vacinas, porém se ateve a necessidade dos líderes terem cautela e continuarem a adotar as medidas de prevenção ao novo coronavírus.
“Tô acompanhando a politica regional e nacional, eu acredito muito no trabalho da Fiocruz que fez parcerias, e o Governo da Bahia que lidera o consorcio faz parcerias, vou manter o alinhamento e acredito que nesse momento temos que ter muita cautela, todas as vacinas estão em fase detestes, mas ainda é muito cedo para contar com isso, como gestores temos que contar com aquilo que podemos fazer sem contar ainda com a vacina”, afirmou.
Sobre o Pacto pelo Emprego que sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Dino indicou que não espera dele sensatez, mas que busca um diálogo via Congresso.
“Do Bolsonaro quem o conhece espera tudo, ele realmente é uma pessoa difícil, que liga aos seus problemas familiares e não se notabiliza pela sensatez, eu não espero que ele abrace imediatamente ideias de consenso, demora um pouco; um tumulto na área econômica, neste tumulto o quadro social se deteriorará, no futuro no Congresso Nacional poderemos conseguir medidas que auxiliem a gerar emprego. O Brasil continua patinando em torno desse debate, geralmente ele é o último a aderir”, apontou.
Empregabilidade no Maranhão
“Temos o melhor desempenho do Nordeste no momento, foi um dos estados que menos perdeu empregos no Nordeste, em razão de uma mediação adequada das medidas sanitárias, começamos a abertura economia em 25 de maio e política de apoio, e mais recentemente medidas tributárias, adotamos um pacote de medidas fiscais, para aliviar um pouco a pressão sob o setor provado, tudo isso ajudou a atenuar a questão econômica”.
Projetos em Timon
“Tenho muito amizade com o prefeito Luciano Leitoa e espeito tanto a população da cidade, que o líder do nosso Governo é de Timon, posso dizer com toda segurança que é o Governo que mais investiu em Timon, com estradas, escolas de temo integral, UTI no Hospital Alarico, agora temos a conclusão do Ceasa e o Parque que ficou belíssimo, é uma belíssima área, não pude conhecer pessoalmente pela pandemia, mas tenho acompanhado, e é um espaço democrático”.
Eleições 2022
“Todas as eleições tiveram a esquerda com alto protagonismo, de 89para cá, então acredito que isso vai se reproduzir mais uma vez, a esquerda estará presente novamente, precisa modular o programa, se a eleição fosse hoje o Bolsonaro iria para o segundo turno com a nossa candidata ou candidato, acredito que a tendência do Bolsonaro é de queda. Eu conheço o Bolsonaro e não tem nada para apresenta, só os 600 reais, e agora está viajando para inaugurar a obrados outros, há muita agua para passar para chegarmos a essa conclusão”.
Assista a entrevista na íntegra