Wellington Dias tenta acerto com Firmino para flexibilização; assista

O governador do Piauí concedeu entrevista nesta terça-feira, 23 de junho, ao Gente e Negócios, apresentado por Virgínia Fabris

No Gente & Negócios desta terça-feira, 23 de junho, a jornalista Vírginia Fabris entrevistou o governador Wellington Dias (PT) que respondeu a uma série de questionamentos sobre a retomada econômica e os protocolos utilizados pelo Governo no tratamento de pacientes com a Covid-19.

O líder estadual indicou que houve um erro por parte dos órgãos de saúde no início da pandemia, onde recomendava-se a busca por atendimento apenas em casos mais graves, agora o indicativo é que se procure ainda no começo da doença, para evitar a evolução a um quadro mais grave.

“O fato é que nós abraçamos esse diálogo, a estratégia do tratamento precoce; agora a gente já conhece mais, então ao invés de esperar o paciente vir até nós, nós vamos até ele. Somos o sexto do Brasil em testagem, estamos chegando a 30 exames para cada 100 mil pessoas. Erramos todos levados pelo Ministério, Secretaria, se trabalhou a ideia de ficar em caso e tratar os casos mais graves. Teve um dia que chegaram três pacientes em Picos e morreram ainda no atendimento. Temos que ampliar a campanha, a gente precisa que as pessoas entendam que a orientação mudou; procurar um médico e também se cadastrar no Monitora Covid”, disse.  

O governador ainda rebateu as críticas relacionadas ao isolamento social. “É claro que o isolamento não é remédio, tem efeito colateral, se alguém sai em algum momento e traz na roupa, ou em alguma parte é um perigo, eu reconheço que as pessoas saem por necessidade, já é um período muito longo. Não é brincadeira você sair de 30 vagas de UTI para 474; mais de mil leitos clínicos saindo de 60, quero entrar numa perspectiva de conviver com o coronavírus, como outras doenças, mas era preciso conhecer mais como agora conhecemos, ter uma estrutura para exames clínicos”, afirmou.

Para ele, o tratamento precoce salvou muitas vidas e auxiliou para que nenhuma região do Piauí entrasse em colapso. “Se não fosse o tratamento precoce teríamos entrado em colapso em muitas regiões, temos oito regiões e nenhuma entrou em colapso. Queremos unificar os protocolos, hoje esse sistema de protocolo vale para todo o Estado”, afirmou.

Entendimento pela retomada

Wellington Dias sinalizou que vem buscando um entendimento com o prefeito Firmino Filho no que se refere ao Programa de Retomada Econômica Organizada (Pro Piauí). “Tenho conversado, estamos agora para entrar num entendimento, porque aprovamos o Pro Piauí, porque o que é pior quando saímos desorganizadamente, se sairmos organizados, com exames clínicos. E agora estamos distribuindo o teste antígeno, com isso vamos melhorar ainda mais esse tratamento precoce”, disse.

ASSISTA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA: 

Bloco 1: 

Bloco 2: 

O governador disse que compreende a situação dos empresários no Estado, mas teve que optar por  medidas restritivas, inclusive para ganhar  tempo e estruturar a rede de saúde. “O Piauí não vive só de empréstimos e transferências federais, é possível apenas dar uma olhada e ver o que aconteceu aqui em diversos segmentos, agora o que nós temos é uma situação que não é do Piauí e do mundo, infelizmente temos que fazer escolha, o fato é que toda necessidade do setor econômico é verdadeira, agora a demonstração que teve é que quem voltou antes do tempo teve problema”, afirmou.

Dias ainda complementou. “Vamos ter que trabalhar em etapas, estamos trabalhando para a definição nesta semana. Dia 29 tem uma nova agenda para ter uma posição”, frisou.

O líder piauiense sinalizou que a  renovação do decreto de isolamento até o dia 06 de julho tem uma lógica. “Tem uma explicação lógica, tivemos um crescimento de 134 mil para 334 mil, temos também um esgotamento de atendimento para pacientes graves; estamos tratando do protocolo, esse setor hoteleiro está bem avançado e vamos estar analisando provavelmente dia 29”, afirmou.

Ele ainda tratou especificamente da construção civil. “Na reunião do Comitê esta semana foi dado um encaminhamento que o MP e o MPT vai buscar fazer uma mediação e o Estado quer ajudar, é um setor que tem um bom protocolo e já funciona”, concluiu.

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