Randolfe: 'CPI quer saber se há interferência política na Anvisa“

Senador, que é vice-presidente da comissão de investigação, também destacou importância de depoimentos nesta semana de Fabio Wajngarten e de diretores da Pfizer

Vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede), concedeu entrevista ao programa Diálogo Franco, da TV Jornal, nesta terça-feira (11) e admitiu que o objetivo do depoimento do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, é entender se há interferência política no trabalho do órgão.

Barra Torres será o primeiro a depor à comissão nesta semana, na terça-feira (11). Além dele, também serão ouvidos o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e dirigentes da farmacêutica norte-americana Pfizer.

"Vamos indagar se ocorreram ou não pressões sobre o registro da Coronavac, paralelo a isso, é importante também, iremos questionar sobre a situação da Sputink, as razões que tem levado ao atraso de um vacina que tem imunizado mais de 2 milhões de pessoas pelo planeta", disse.

Especificamente sobre a Sputnik, Randolfe disse que é preciso determinar se há algum tipo de decisão política motivada pelo fato de o Consórcio do Nordeste, que negocia a aquisição da maior parte de doses do imunizante, ser formado por opositores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Ele também afirmou que os senadores tentarão entender se poderia ter havido maior celeridade nos processos de aquisição de vacinas desde 2020.

Randolfe apontou que o depoimento de Carlos Murillo, ex-presidente da Pfizer no Brasil, será fundamental para entender o processo fracasso de compras de imunizantes da farmacêutica norte-americana no ano passado.

"Se tivéssemos essa vacinas desde o ano passado, quando elas estariam disponibilizadas aos brasileiros e quantos poderiam ter sido imunizados?", questionou o vice-presidente da comissão.

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