Enrico nasceu dia 9 de abril em Tubarão, Santa Catarina. A mãe é médica, trabalha no posto de saúde e, por isso, teve direito a ser vacinada. É o primeiro caso conhecido no Brasil de transferência da imunidade da grávida para o bebê depois da vacina CoronaVac.
Os médicos explicam que a passagem de imunidade da mãe para o bebê aconteceu graças a transferência placentária, ou seja, os anticorpos chamados IGG, desenvolvidos pelo sistema imunológico da mãe depois da vacina, cruzaram a placenta e chegaram até Enrico.
PRIMEIRO CASO NO MUNDO COM A CORONAVAC
De acordo com a diretora do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia, Rosana Richtmann, não há relatos semelhantes no país. Com as vacinas Pffizer ou de RNA mensageiro que foram mais utilizados nos Estados Unidos e em Israel há relatos e estudos internacionais sobre episódios de imunização através da placenta, mas não com a CoronaVac.
TESTE FOI AVALIADO POR DIFERENTES MÉDICOS
Enrico nasceu no dia 9 de abril e o teste que comprovou a presença de anticorpos foi realizado dois dias depois, sendo avaliado por diferentes médicos, incluindo o secretário municipal de saúde da cidade, o obstetra que acompanhou a criança, além da mãe de Enrico e dos profissionais do laboratório que fez o exame. O resultado mostrou 22% de anticorpos na amostra analisada.