Sinésio Soares, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina, afirmou que a proposta de reforma administrativa proposta pelo prefeito Firmino Filho e que deve ser votada hoje na Câmara de Vereadores é um "golpe" contra a administração pública.
Ele criticou a contratação de 1.2 mil em cargos comissionados e o reajuste do salário dos superintendentes municipais, que deve beirar os R$ 10 mil. Segundo ele, tais medidas custarão R$ 570 milhões aos cofres públicos. "Com certeza isso vai prejudicar o reajuste aos outros servidores, uma vez que a prefeitura não terá dinheiro suficiente", opinou. Com veemência, o sindicalista afirmou que a reforma está sendo discutida "a toque de caixa".
Já o vereador Thiago, que rejeitou estar "do lado" do governo municipal, defendeu a reforma e diz que cabe a Câmara fiscalizar o poder Executivo para coibir excessos. "A lei orgânica do município prevê que 50% dos servidores seja contratados por meio de concurso. Vamos fiscalizar o cumprimento da lei", prometeu. Ele ainda contestou os números citados pelo sindicalista.
TRAMITAÇÃO
O projeto de reforma administrativa enviado pela Prefeitura de Teresina à Câmara Municipal será votado hoje, a partir das 11 horas, durante sessão extraordinária no plenário da Casa. Também serão apresentados os pareceres das quatro comissões provisórias, criadas para análise das matérias. Em seguida, os projetos encaminhados pelo Executivo são colocados para votação entre os vereadores.
?Caso os parlamentares aprovem em primeira votação, será definido ainda nesta sessão a data da próxima?, afirma o presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Rodrigo Martins. A previsão é de que a 2ª votação aconteça no início da próxima semana. Na manhã desta terça-feira (15), as quatro comissões técnicas se reuniram, no Salão Nobre Vieira Toranga, da Câmara Municipal, para analisar os projetos de Lei que tratam da reforma administrativa.
No encontro, técnicos da Prefeitura participaram da apreciação dos documentos para esclarecerem dúvidas dos parlamentares. Criadas em caráter provisório, as comissões têm o intuito de analisar especificamente os projetos enviados pelo Executivo com a intenção de alterar parte da estrutura administrativa da Prefeitura.
As comissões são as seguintes: Legislação, Justiça e Redação Final; Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira e Ordem Econômica; Comissão de Planejamento Urbano, Transporte e Acessibilidade; e de Meio Ambiente, Saúde, Saneamento Básico e Assistência Social. Esta semana o secretário de Governo da Prefeitura, Luciano Nunes, se reuniu com os vereadores com o objetivo de explicar as mudanças na estrutura administrativa da PMT.