Cerca de 30 mulheres do município de Coivaras (68 km de Teresina) estão vivendo momentos de terror após terem supostamente suas fotos íntimas divulgadas nas redes sociais e espalhadas pela cidade e o interior.
De acordo com o delegado Daniel Pires, da Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Alta Tecnologia, em Coivaras informam que são 30, mas apenas duas foram registrar o boletim de ocorrência. “Estão dizendo que tem muitas mulheres envolvidas, inclusive servidoras públicas, mas de todas elas, apenas duas procuraram a polícia. A delegacia foi até a cidade para entender melhor o que estava acontecendo, para ouvir as possíveis vítimas e possíveis testemunhas. As duas que procuraram a polícia tem 18 e 15 anos”, declarou.
Ainda segundo Daniel, é possível afirmar que não houve a questão da invasão relacionado aos dois casos investigados. “É prematuro dizer o que realmente está acontecendo na investigação, porque a gente foi lá apenas na quinta e sexta-feira, mas a gente já pode entender que não houve a questão da invasão do dispositivo eletrônico de ambas as vítimas, todas as duas foram categóricas em afirmar que elas enviaram de livre e expontânea vontade a fotografia delas para uma pessoa, e são pessoas diferentes uma da outra. A gente acredita que em tese não houve a questão da invasão, o que houve foi elas enviando para outra pessoa”, explicou o delegado.
“Essas pessoas ao enviarem essas fotos para outras pessoas sem o consentimento delas estão cometendo crime. No caso da maior de idade está cometendo crime contra a honra da pessoa que enviou, pode ser crime de injúria ou difamação, já envolvendo a menor de idade a coisa fica mais séria se você enviar a fotografia de menor de idade a pena é de 3 a 6 anos de prisão”, disse.
Sobre o procedimento das investigações, o delegado declarou. “Eu não posso afirmar que é uma única pessoa que está em posse de todas as fotografias que foram supostamente divulgadas, a delegacia esteve lá, irá fazer diligências para saber a origem de todas as fotos. agente nunca vai conseguir proibir as pessoas que enviem fotografias íntimas umas para outras , porque quando você envia uma fotografia dessa natureza ela confia plenamente na pessoa. O que a gente poderia fazer é a empresa - no caso, o WhatsApp - nos fornecer todas as pessoas que estão em posse desse arquivo íntimo, mas o problema é que a empresa não ajuda a polícia brasileira nesse tipo de investigação”, destacou.