O caso do assassinato ocorrido no último dia (28/07) na loja de celulares na Avenida Kennedy ainda não foi concluído, a polícia já ouviu o depoimento de todos os envolvidos e muita contradição ocorre entre eles. Segundo informações da polícia, em fevereiro deste ano ocorreu um assalto em uma residência e em investigação da guarnição do 12° DP foi constatado o roubo de um celular, com o caso a polícia pediu a interceptação telefônica do objeto, e como resultado foi descoberto que o celular estava com Ascheli Rafael Ramos de Castro, o homem morto na segunda-feira.
Ainda segundo os policiais, o dono da loja só entregou o HD com as imagens do ocorrido cinco dias depois do caso, o que faz intrigar a polícia pois em primeiro plano, foi dito que as câmeras de segurança da loja estavam desligadas e logo após constatou-se que estavam ligadas. Se o objeto foi alterado ou trocado haverá uma obstrução do trabalho policial, o que pode acarretar em prisão.
O homem que atirou em Rafael já foi identificado, é um policial militar, que segundo ele, já prestou alguns serviços ao dono da loja agindo como segurança particular, e que no dia do acontecido ele estava trabalhando como vigilante sentado em um banco na entrada do estabelecimento quando viu que o homem tinha anunciado o assalto, correndo assim para fazer a defesa, houve troca de socos, os dois caíram no chão, a pistola caiu ao lado e logo após ele conseguiu pegar a arma e atirar em Rafael com muitos tiros.
O que chamou a atenção da polícia é de que o depoimento do policial que atirou e do dono da loja se contradisseram, o dono do estabelecimento afirmou que o policial era um cliente que sempre frequentava a loja e estava no local no momento do ocorrido mas que não conhece ele. Esse discurso, foi o mesmo dado pelas suas funcionárias que presenciaram o caso. O que a polícia quer entender é o porque de tantos obstáculos nesse crime.
O delegado geral da polícia civil, James Guerra, esteve nos estúdios do programa Bom Dia Meio Norte na manhã desta terça-feira (05), e explanou mais ainda sobre o caso que ainda intriga muitas pessoas. Segundo ele, a polícia está investigando o caso e é preciso saber um pouco da personalidade do policial que atirou, do dono da loja e das atendentes. "Ainda precisamos investigar ainda mais sobre o caso, o que se sabe é que o policial estava fazendo um trabalho de vigilância na noite da ação, agora precisamos saber dos antecedentes do policial, do Rafael que foi morto, e isso nós estamos levantando nos boletins de ocorrência. Ainda vamos investigar qual o grau de participação dele no roubo desse celular, se ele participou ou apenas comprou o produto roubado.
Mas com as investigações já sabemos que no local existiam duas armas, a do vigilante, e a outra que estava lá e foi usada para matar o rapaz, porque em uma luta corporal ele tomou a arma do assaltante e não usou a sua própria. Sobre o problema do HD nós estamos tranquilos, se tiver sido feito qualquer alteração nele, a polícia vai detectar, pois se isso acontecer eles vão estar querendo impôr uma versão falsa, e isso resulta em cadeia. O que nós achamos que aconteceu foi que ocorreu uma situação semelhante a de um assalto e o vigilante reagiu. Dentro do prazo de 30 dias a investigação será concluída e vamos esclarecer esse caso", declarou.