Alice Jovem de Sousa e Ivanilson Oliveira Diniz, pais da criança de cinco meses que foi encontrada morta na residência da família no bairro Torquato Neto, na zona Sul de Teresina, tiveram a liberdade provisória concedida nesta quinta-feira (19/07). Os pais haviam sido presos em flagrante por equipes da Polícia Militar.
Ivanilson já tem passagem pela polícia por ser acusado de matar com um golpe de punhal o próprio irmão, um adolescente de 13 anos no ano de 2013 no bairro Promorar, na zona Sul de Teresina. De acordo com informações, o adolescente tentava separar uma discussão entre Ivanilson e o pai por causa de drogas quando acabou sendo atingido com golpe de punhal e vindo a óbito no hospital.
A determinação foi do juiz da Central de Inquéritos de Teresina Jorge Cley Martins. No entendimento do magistrado não há indícios suficientes da autoria e da prova da materialidade do crime. Ele afirmou ainda que segundo as informações do auto da prisão e das oitivas com o casal afirmam a vulnerabilidade e a situação de pobreza em que a família vivia e que os órgãos do poder público tinham total ciência da situação, mas que nenhuma medida efetiva foi adotada.
A concessão de liberdade dos acusados é condicionada ao cumprimento de medidas cautelares como não sair a noite, ou frequentar bares ou restaurantes.
Maria do Carmo, conselheira tutelar da zona Sul de Teresina conta que o órgão já estava ciente da situação e que a mãe da criança já havia assinado um termo de responsabilidade para não voltar à residência onde mora, mas o Conselho não dispõe de estrutura suficiente para acompanhar passo a passo os casos.
“Na sexta-feira passada a gente recebeu umas imagens falando como estava as crianças lá naquele local, filmaram, fotografaram, colocaram na mídia e chegou até o nosso conhecimento. Uma pessoa me ligou perguntando se eu tinha visto, quando eu cheguei na sede a sede já estava tomando todas as providências, já tinha visto a situação, acionamos a Semcasp para mandar um carro para a gente urgente porque a gente precisava fazer esse atendimento, demorou mais ou menos uma hora, eles mandaram o carro e nós fomos fazer a visita no dia. Hoje nosso Conselho nós passamos infelizmente agora uma boa parte do mês de julho sem transporte. Como a gente pode atender o serviço externo, o serviço de emergência sem o transporte?”, indagou.
Ao serem informados sobre a decisão do juiz, os vizinhos ficaram revoltados e afirmaram que não aceitam o casal de volta. “Aqui ninguém aceita eles voltarem”.