Na manhã desta terça-feira (12), o delegado Menandro Pedro esteve nos estúdios do Bom Dia Meio Norte para falar detalhes sobre a operação deflagrada ontem pela GRECO e Polícia Civil.
Segundo ele, a investigação ocorria há 11 meses, e ocorreu graças a uma grande estrutura. “Queria agradecer ao pessoal do GRECO, entorpecente, homicídios, foi uma grande estrutura para que essa operação pudesse acontecer, esses policiais que trabalharam para que desse certo.”, falou.
Em uma das prisões, um menor foi apreendido, e o delegado relevou que o mesmo estava marcado para morrer. “No mandado de busca, ao adentrarmos na residência encontramos uma senhora, e dentro de um quarto estava um menor de 16 anos com uma mulher de 21, junto com eles encontramos vários celulares, produtos de roubo e maconha. Também ouvimos relato de uma mãe desesperada pois o filho tinha que ficar dentro de casa usando droga para não ter que sair e ser assassinado. Recebemos a informação de que uns homens já estavam adquirindo uma arma, e iriam executar esse menor. Nós também vamos prender essas pessoas que estavam tramando a execução dele”, relatou.
“Hoje nós temos uma facilidade muito grande onde esses mandatos saem com o Ministério Público nos ajudando. Em setembro do ano passado estávamos em uma operação investigando drogas, nós criamos a operação União, onde prendemos todos os elementos que participaram do assalto na Granja União, depois disso continuamos investigando para a Stone. Tudo que foi feito entre o GRECO e a Polícia foi legal, concluímos a operação, mas a investigação continua.”, falou o delegado, explicando o começo da operação.
Ainda segundo ele, as menores agenciadas iam para programas com o 'kit drogas'. “Vários momentos da investigação vimos as pessoas que faziam acertos para conseguir menores, pagavam um valor e ela já ia com o corpo e com todo o tipo de droga junto. Nós ainda vamos identificar todos os agenciadores. Um deles é o Neto (de vermelho na foto abaixo), filho de um grande amigo meu, também vamos pegar os depoimentos das pessoas que ligavam para esse Neto atrás das meninas, porque isso também vai levar a prisão, como eu disse, as investigações vão continuar.
O que mais me impressionou foi o modo que uma menor de 16 anos falava, ela chegou em mim e disse: - 'O meu negócio é dinheiro, se tem dinheiro eu estou dentro'. O traje delas também impressiona, andavam com sandália de R$ 500 reais, roupa de R$ 700, celulares dos mais caros e são meninas de classe baixa. E se você pegar o celular desses rapazes, você vê fotos de meninas nuas, fotos de ostentação, com pacotes de dinheiro, e dias atrás um dos presos participou de uma tentativa de homicídio. Ainda temos muito que investigar”, relatou Menandro.