Francisco Jefferson da Silva, mais conhecido como ‘Anjo da Morte’, preso no último sábado (25) acusado de atingir com um tiro na cabeça o filho do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, o advogado André Mendonça Sousa e Silva, afirmou em entrevista ao repórter Carlos Mesquita, que foi agredido e não era sua intenção atirar contra a vítima.
De acordo com ele, tudo teve início após uma discussão no banheiro. “Estava só eu, minha esposa e uma amiga minha no bar. O desentendimento foi no banheiro porque ele quis entrar e eu estava na minha privacidade, aí saiu me esculhambando e mijou do lado de fora mostrando para todo mundo. Aí uma amiga minha foi conversar com ele e eu fui lá buscar a minha amiga. Ele pegou e mandou eu calar a boca, eu disse que não ia calar, aí ele veio para cima de mim me agredindo, ele e outro, aí eu não tinha o que fazer”, declarou.
“Ele que me agrediu, eu não tentei matar ele, jamais. Foi tudo rápido, eu não esperava, estava com a minha esposa”, disse.
O criminoso negou ainda que é integrante da facção criminosa Comando Vermelho. “Não trabalho com nenhuma facção, estava trabalhando normal de servente, ganhando meu pão de cada dia, estava vivendo. Eu não tenho esse apelido não, nunca na minha vida matei ninguém, só fui preso por tráfico. Agora é entregar na mão de Deus, eu estou muito arrependido, muito, muito, coisa que me arrependo até hoje, não esperava que tudo isso fosse acontecer”, afirmou.
O acusado pontuou ainda que não estava se escondendo da polícia e que ia se entregar. “Eu ia me entregar, eu só queria tirar minha esposa que está grávida, mas eu ia me entregar. Eu estava em casa, esses dias todos eu estava em Parnaíba, não saí”, disse.
Na ação, a companheira de Jefferson, Suzana do Nascimento Gomes, também foi presa. No momento da prisão, foram apreendidos ainda a arma que teria sido utilizada no crime contra o advogado, além de um veículo com registro de roubo e aparelhos celulares.