Merlong fala de preços abusivos de combustíveis: “Para prejudicar governo”

Em sua fala, o deputado diz que vê com muita preocupação esses valores e diz que é uma agressão à economia popular

O Deputado Federal Merlong Solano, participou, na manhã desta sexta-feira (3), de uma entrevista com o apresentador Ieldyson Vasconcelos e Cinthia Lages, onde falou sobre o aumento abusivo no preço da gasolina, tanto em Teresina, como em todo o país.

Em alguns postos de Teresina, o preço da gasolina comum já chega a R$ 5,99 e o preço da gasolina aditivada R$ 6,38, o que não condiz com o real aumento divulgado pela Petrobras nos últimos dias.

Em sua fala, o deputado diz que vê com muita preocupação esses valores e diz que é uma agressão à economia popular.

Deputado Federal Merlong Solano - Foto: Divulgação

"Vejo isso com muita preocupação, porque isso é uma agressão à economia popular. A volta da cobrança do imposto, acarreta aumento de R$ 0,47 centavos no preço da gasolina, e R$ 0,02 centavos no preço do álcool, então, como é que justifica esse aumento todo, até porque, a Petrobras, para diminuir o impacto negativo para a população, baixou o preço da gasolina nas refinarias em R$ 0,13 centavos. Então, se você tira esses R$ 0,13 centavos dos R$ 0,47 centavos, fica R$ 0,34 centavos de aumento. Como é que os postos, no Brasil todo, não é só em Teresina, são vários casos absurdos", disse o deputado.

Merlong também falou sobre o setor de postos de combustíveis e os empresários que comandam esse ramo, dizendo que são empresários que se acostumaram a ganhar muito dinheiro e que às vezes o lucro que eles conseguem, acabam sendo incompatíveis com a capacidade de pagamento da sociedade.

"É um setor da economia que se acostumou a ganhar muito dinheiro, dinheiro além do normal, porque toda empresa tem que ganhar dinheiro, porque se não der lucro, vai à falência, isso eu entendo, mas o lucro tem que ser compatível com a capacidade de pagamento da sociedade. Quando a empresa se torna extorsiva, ela se torna negativa para a sociedade, e esse setor comprou facilmente a ideia do ex-presidente, que é possível o país subsidiar a gasolina. Em julho do ano passado, o governo Bolsonaro retirou os impostos da gasolina e do álcool, numa medida que vigoraria até dezembro de 2022, uma medida fortemente eleitoreira, com um impacto negativo para a arrecadação da União", completou o deputado.

O deputado federal falou também que não tem dúvidas de que os aumentos em todo o país são abusivo e que a intensão é prejudicar o governo Lula. E falou também do sindicato em Teresina.

"Não tenho a menor dúvida em afirmar isso. Esse sindicato de Teresina, o Sindipostos, ele agiu politicamente durante toda a campanha eleitoral do ano passado, agiu de maneira intensa, ajudou a reduzir os preços no momento que era para ajudar o presidente Bolsonaro e agora, aumenta abusivamente os preços para prejudicar o governo lula e a sociedade, para eles ganharem mais dinheiro, por dois motivos: o primeiro, eles querem de alguma maneira continuar com a desoneração, isso não é possível, nós não vamos subsidiar a gasolina, tirar dinheiro da educação, da saúde, da infraestrutura para subsidiar gasolina. Segundo motivo, esse pessoal que trabalha nesse ramo, poucas empresas comandam, aqui não mais que cinco ou seis empresas controlam a maioria dos postos, um setor oligopolizado no Brasil inteiro, são pessoas muito ricas e esse pessoal também é acionista da Petrobras, eles ganham também com a política de preço de paridade internacional. A Petrobras distribuiu no ano passado R$ 215 bilhões em dividendos para seus acionistas, desses, R$ 153 bilhões foram para os acionistas privados", disse.

Para finalizar, Merlong disse que o Governo Federal já acionou o Procon em todo o paós para fiscalizar os aumentos abusivos, principalmente nas distribuidoras de combustíveis.

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