Incêndios ocorridos no povoado Lagoa do Aprazível, na zona rural de José de Freitas (55km de Teresina), destruiu cinco casas e deixou famílias desabrigadas, sem geladeiras, TV’s, máquinas de lavar, fogões, armários, etc. O proprietário de um sítio na região, Francisco Gomes de Sousa, disse que o incêndio foi iniciado com queimadas no povoado Baixa Escura e foi se alastrando por toda região da zona rural de José de Freitas.
Mas o que chamou mesmo a atenção dos telespectadores através da reportagem da jornalista Cinthia Lages foi a pequena Ana Carolina, de 5 anos, que foi atingida emocionalmente pelo incêndio. Na reportagem, ela repetia tudo que foi destruído na casa e lamentava que o fogo também destruiu os brinquedos que ganhou do Dia das Crianças.
“Queimou o vídeo-game, minha boneca e minhas panelinhas que ganhei do Dia das Crianças. Até minha farda queimou, como vou para a escola?”, indagou a criança andando com a mãe dentro da casa queimada.
O seu gesto emocionou os teresinenses e causou uma grande comoção. No último final de semana várias pessoas se deslocaram até a criança para lhe entregar presentes. Sua alegria e carisma continuam se destacando e Ana Carolina agradeceu a todos.
“A minha vida não está bem porque minha casa queimou todinha, derreteu meus brinquedos. Eu gostaria de ganhar uma bonequinha de barbie e uma grande. Mas agora estamos na casa do vizinho”, detalhou ela sorridente.
O professor Sergio Mendes, da Universidade Federal do Piauí, e o policial militar Jairo fizeram questão de ir até o local entregar doações para a família e para a menina. “A Aninha é uma garota cativante que comoveu não só Teresina mas todo o Brasil, e ela com essa alegria, demonstração de viver em meio a toda uma catástrofe acontecida com a família ficou com esse sorrido estampado no rosto, demonstrando para gente que ainda tem esperança. Em pequenos gestos como esse a gente consegue abrandar o sofrimento de uma criança”, declarou o professor que deu uma bicicleta para Ana Carolina. “É o momento de ajudar, a gente tem que ser muito solicito e cada um fazer a nossa parte”, disse o policial.
A mãe de Ana Carolina continua lutando por uma vida melhor. “Minha casa foi toda destruída, o dinheiro que eu tinha, que eu estava juntando, os vizinhos ainda tentaram tirar alguma coisa mas não deu tempo, agora eles me acolheram. Mesmo diante de toda tristeza todo tempo a Ana é alegre, quando eu estou chorando ela me pede para não chorar. Ela só queria uma boneca porque a dela tinha queimado e é muito bom ver minha filha feliz”, afirmou.