Os moradores do assentamento oito de março, no povoado Chapadinha, na zona Sul de Teresina, estão passando por muitas dificuldades para reconstruir suas casas. A família da menina Eloá de Sousa, que morreu depois de um incêndio que atingiu mais de 800 barracos na localidade, pede ajuda e afirma que a filha foi enterrada como indigente.
“Já se passaram quase quatro meses, eu sonho com minha filha direto e acordo em gritos, em prantos. É muito difícil para mim, nos meus sonhos ela estava nos meus braços e não queria mais acordar”, afirmou a mãe da menina.
Ainda de acordo com ela, a família pede ajuda para reconstruir a vida. “Só o terreno que está lá, eu não tenho condições de reconstruir minha casa, até agora não arrumei nenhum emprego. Minha filha foi enterrada como indigente e até agora eu não consegui fazer o exame, eu já fui no IML e todas as vezes eles dizem para eu ir depois, só que é tão ruim ficar indo naquele lugar”, disse.
Antônio, morador do assentamento, também pede ajuda para a comunidade. “Nós estamos nessa dificuldade, carentes de ajuda para materiais de construção, aqui molha tudo quando chove”, afirmou.