Após um ano, os familiares do soldado do exército Pedro Henrique de Carvalho Pimentel que morreu em um acidente com um comboio do 2º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) na PI-113, ainda não tem explicações sobre as causas que ocasionaram a tragédia e relatam ainda que não receberam nenhum auxílio do exército e do poder público.
A mãe do soldado, Amanda Santos, afirma com revolta que nunca recebeu nenhum esclarecimento sobre o caso do filho que morreu em serviço. O soldado estava com outros 25 militares no veículo que saiu da estrada entre os municípios de Barras e Cabeceiras.
“O que me incomoda mais anda nisso é o fato de que está muito claro que existe culpados, não foi um acidente causado por problema no carro, problema na estrada, houve irresponsabilidade, houve erros e os culpados não foram punidos, estão vivendo suas vidas normalmente enquanto meu filho está morto há um ano”, disse ela lembrando que o acidente que vitimou Pedro Henrique aconteceu no dia 9 de julho de 2017.
A mãe do jovem denuncia que a responsabilidade do capotamento do veículo veio do motorista. “O que eu espero mesmo da justiça é punição para os culpados, tem erros, e tem culpas, teve várias falhas que ocasionaram esse acidente. Tenho laudos, fotos, vídeos que não deixam nenhuma dúvida de que pelo menos o motorista se divertiu a noite inteira, fez uso de bebida alcoólica e que muita gente lá sabia e que mesmo assim o comandante da operação permitiu que ele dirigisse trazendo os soldados. Ele bebeu a noite e amanheceu o dia no bar, existem fotos e vídeos que mostram ele no bar da Cachoeira do Xixá, ele estava com outros soldados, inclusive meu filho estava presente. Dizem que eles estavam no momento de lazer, era momento que eles estavam liberados mas eu penso assim: se um motorista vai fazer uma viagem no dia seguinte ao meio dia como ele pode passar uma noite bebendo? Uma noite em claro se divertindo? Aí passa a manhã do dia seguinte trabalhando, almoça e entrar no carro ao meio dia para dirigir, lógico que ele vai dormir na direção”, declara.
Amanda relatou que todas as vezes que ia procurar saber sobre o caso, pediam para que a mãe do jovem esperasse, que as informações iam aparecer. “Sempre esperei, só que faz um ano que isso acontece, que foi enviada ao Ministério Público e essa resposta não veio, quero uma resposta e quero punição para os culpados”, finalizou.