Nesta quarta-feira, 27 de outubro, acontece a audiência de instrução e julgamento de Raimundo Alves da Costa, policial militar reformado que estava atuando como mototaxista clandestino e matou com quatro tiros o colega de profissão Antônio de Sousa Rocha durante uma discussão no Centro de Teresina.
A audiência será realizada pela 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri às 09h. Raimundo está preso desde o dia 19 de julho em presídio militar. O crime ocorreu no último dia 10 de julho em um ponto de mototáxi próximo ao lojão do Paraíba, na Avenida Maranhão.
De acordo com a neta da vítima, Priscila, a família pede justiça e que o acusado vá a júri popular. “O que nós mais queremos é justiça, foi retirado do nosso meio o nosso patriarca, ele pra mim sempre foi um avô pai, um homem que sempre levou sustento para dentro de casa, nos criou ensinando a honestidade, nos ensinou a trabalhar como ele morreu trabalhando, fazendo o que ele sempre quis fazer com honestidade. Nessa audiência de instrução pedimos que o juiz que vai analisar esse caso, que o promotor abrace essa causa, para que ele vá a júri popular e seja condenado, que ele pague com a justiça”, pediu.
“Meu avô foi morto de uma forma brutal, cruel, injusta, um homem de 79 anos, as vésperas de completar 80, estava trabalhando, pagava suas contas em dia, cumpria seu dever de cidadão dentro da nossa cidade”, declarou.
Segundo Priscila, um dia antes do crime o acusado já havia ameaçado seu avô durante uma discussão. “O meu avó trabalhava ali há mais de 22 anos, ele já era uma figura conhecida ali naquela esquina e essa pessoa que não pagava impostos que não tinha alvará, que usava uma moto sem placa, que era aposentado estava lá para atrapalhar quem estava trabalhando corretamente. A única coisa que ele disse pra ele na sexta-feira foi: ‘Meu amigo procure se legalizar, aqui é uma irmandade estamos aqui para trabalhar’, então ele perguntou se meu avô queria impedi-lo de estar ali. Só que nós sabemos que ele já tinha um histórico que procurava confusão com outros mototaxistas”, relatou.
“Então naquela ocasião ele disse que ia voltar que ia acertar as contas com o meu avô e no dia seguinte ele chegou antes do meu avô chegar no ponto e fez o que fez. A gente pede que o Ministério Público tenha um olhar para o nosso caso, para o nosso avô que nunca importunou filho, neto, vivia honestamente, era um homem lúcido, eu tenho certeza que meu avô ia viver mais de 20 anos ainda”, finalizou.