Na manhã desta segunda-feira (11/03), o delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Lucy Keiko, afirmou que não descarta o envolvimento de facções criminosas nos ataques a ônibus que aconteceram em Teresina nos últimos dias.
De acordo com ele, o menor apreendido no último domingo (10), está sendo usado para identificar os integrantes.
“Nós não descartamos a possibilidade, não adianta ficar tentando esconder. Que existem organizações criminosas existem, a gente só não pode dar um poder maior do que elas tem. Desde o primeiro fato nós começamos investigar, houve dois ocorridos na zona Sul, um na zona Leste, nós nos reunimos na Secretaria de Segurança, fizemos um planejamento estratégico com a Polícia Militar, Secretaria de Justiça e conseguimos rapidamente identificar um menor que seria um dos executores do delito. A polícia fez um grande trabalho, conseguiu prendê-lo e através dele nós obtivemos informações sigilosas para tentar capturar os demais que nós já identificamos, nós não descartamos que tenha vindo algo do sistema prisional, mas não dá para dizer se é organização criminosa A, B,C ou D. O fato é que temos as duas polícias nas diligências para prender mais duas pessoas envolvidas no crime e tentar identificar os demais”, declarou.
Segundo ele, os criminosos envolvidos têm passagens por crimes diversos. “São variados, a maioria delas por roubo e tráfico, esse menor já tinha um antecedente por roubo, roubou um posto entre Teresina e Demerval Lobão, quando foi preso ele se encontrava com a carteira do cobrador do ônibus do ataque do Mário Covas. Mas o final de semana foi mais tranquilo, ontem mesmo não tivemos nenhum incidente, nós estamos totalmente voltados para isso e vamos debelar esses ataques”, garantiu Lucy Keiko.
ATAQUES A ÔNIBUS
Foram registrados dos incêndios a ônibus coletivos nos Residenciais Santa Fé e Mário Covas, na zona Sul de Teresina, e ainda uma tentativa de incendiar na noite de sexta-feira um ônibus da empresa Santana, na avenida Zequinha Freire, no bairro Cidade Leste, na zona Leste da cidade.