O jovem Rodrigo da Silva Nascimento, de 19 anos, foi o responsável por manter por mais de duas horas a professora Priscila Guimarães como refém na frente no 11º Batalhão da Polícia Militar de Timon, no Maranhão.
Segundo informações apuradas pelo repórter Ivan Lima, da Rede Meio Norte, Rodrigo é aluno do 3º ano da escola Padre Delfino, de Timon, colégio onde a professora ministra aula de inglês.
Ele sequestrou a professora dentro da escola por volta de 17h30 com uma faca em punho e mandou que ela entrasse no carro e seguisse para uma cidade onde lhe afirmou que teria assassinado um membro da sua família. A professora alegou que não tinha gasolina suficiente para fazer essa viagem, então o aluno ordenou que ela fosse para frente do 11º Batalhão de Timon, onde segundo ele, ali daria um show.
O jovem afirmou para a professora que quanto mais policiais e jornalistas estivessem no local melhor para ele, pois disse que ali iria morrer.
A Polícia do Maranhão e do Piauí se uniram nas negociações e após mais de duas horas três tiros foram ouvidos. Rodrigo foi atingido e socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que já estava no local aguardando para fazer os primeiros socorros. Ele foi levado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e está fora de perigo.
A professora ficou dentro do quartel onde foi amparada por médicos e familiares. O gestor adjunto da escola, Tiago Costa, viu exatamente o momento em que a professora saiu da escola com o aluno.
“Era entre 17h30 e 18h. Quando eu soube do ocorrido soube por um professor colega meu e na mesma hora veio na minha cabeça a imagem que eu tinha visto da Priscila saindo da escola, curvando o carro em uma posição que não é de costume dela e aquilo ali me chamou a atenção. Eu vi ela saindo da escola com ele mas você acha que é uma carona, pode pensar qualquer coisa, menos que aquilo ali é um sequestro, um assalto, jamais vai passar pela sua cabeça. Ela agora está bem, relatou que ele só queria sair dali, queria chamar atenção de muita gente, da polícia, da imprensa, das pessoas e que queria muitas pessoas no local. Não sei o que se passa na cabeça da pessoa para querer naquele instante decretar sua morte, ela disse que ele queria a todo tempo morrer nesse dia”, afirmou.
Sobre a relação entre professora e aluno, Tiago afirmou que Rodrigo era um aluno comum, sem muitos destaques na escola. “Ela não conhecia ele até porque a gente que é docente, a gente trabalha em muitos locais, a gente tem muitos alunos, aqueles que se destacam mais você acaba tendo uma atenção maior, tem uma situação de observar mais como é aquele aluno e ele não é um aluno de destaque na escola, não é também um aluno que se destaca pela indisciplina, é um aluno comum, nunca imaginávamos que isso poderia acontecer com uma colega nossa. A gente vai pegar o histórico dele até porque é um aluno do 3º ano, então a gente vai averiguar e internamente vamos saber mais informações e o que levou a acontecer isso”, declarou.
Depois de ser ouvida a professora foi liberada sem ferimentos.