A Prefeitura de Teresina autorizou a Associação Municipal de Estudantes Secundaristas (AMES) a emitir carteiras estudantis. O acerto foi tomado no final da manhã desta quarta-feira, em reunião com representantes dos estudantes, com o secretário municipal de Governo, Charlles da Silveira, o diretor administrativo-financeiro da Strans, Ricardo Freitas, e os vereadores Major Paulo Roberto, José Ferreira e Luis Lobão, presidente da Câmara Municipal.
Durante o encontro, os estudantes alegaram que a Comissão Municipal Expedidora da Carteira Estudantil (CMEIE) não tem legitimidade junto ao segmento estudantil. “Há muito tempo a CMEI não defende os interesses dos estudantes. Na diretoria da entidade não há, sequer, representantes dos estudantes. Por isso, a AMES iniciou o processo de retirada da carteira de estudante”, comentou a estudante Valentina Moraes, tesoureira da AMES.
O projeto deverá ser encaminhado à Câmara no prazo de 30 dias e será discutido com representantes dos estudantes. “A equipe jurídica da Prefeitura irá se reunir com os representantes dos estudantes para definirmos uma proposta que seja consensual. Faremos um credenciamento público das organizações e criaremos uma representatividade envolvendo os estudantes, Ministério Público, Câmara Municipal e a Prefeitura para gerir esse processo. É importante não apenas termos a emissão da carteira, mas o controle de quem efetivamente tem o direito de usá-la”, explicou o secretário.
De acordo com informações do vereador Major Paulo Roberto que acompanhou tudo de perto, os estudantes conseguiram conquistar os seus direitos. “Não só coloquei como estou colocando novamente o meu cargo a disposição do povo de Teresina. Nós fomos recebidos e lá foi dado o direito para as entidades estudantis legalizadas tirarem a carteira não só a AMES como qualquer uma entidade que esteja legalizada, amparada pela lei e que realmente tenha na sua diretoria alunos secundaristas que frequentam escola. Enquanto a lei não chega foi dado o direito para a Ames tirar a carteira, porque com a lei se colocam a disposição de 3 a 5 entidades que possam tirar a carteira em Teresina, depois teremos quem vai tirar a carteira na capital”, afirmou.