Hoje (10) pela manhã a Cidade Detran amanheceu com policiais da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) e policiais militares que visavam cumprir a determinação de que nenhum proprietário de barraca vendesse seus produtos no local.
Edimar é proprietário de uma barraca que vende café e fica localizada dentro da Cidade Detran. Ele, assim como os outros vendedores, está proibido de comercializar no local. ?Eu considero está atitude errada, faz 15 anos que vendo aqui, estão desempregando um pai de família?, declarou ele.
Outro vendedor ressalta: ?Isso é um absurdo! A pessoa não pode trabalhar. Vai roubar??
A Coordenadora de Gerenciamento de Crise da Polícia Militar, Tenente-coronel Júlia disse que não pode evitar que as pessoas façam suas reivindicações. ?Mas nós temos que cumprir o nosso dever e por enquanto está tudo tranqüilo. Todo o comércio interno no Detran está proibido de funcionar, lojas de Xerox, de lanches, tudo proibido. Até o momento a orientação que passamos para os vendedores é que eles se mobilizem e procurem uma solução. A partir de hoje nenhuma barraca pode ser montada, nenhum tipo de comércio na área interna do Detran pode acontecer?, disse a Tenente-coronel Júlia.
Érico Cruz, presidente da Associação dos trabalhadores informais, disse que até o momento não houve diálogo da categoria com o diretor do Detran. ?Nós estamos mobilizados e não vamos aceitar que retirem as bancas de trabalhadores que estão há 20 anos no local. Até agora as bancas ainda não foram retiradas, mas os vendedores não podem trabalhar. Existe uma grande contradição dentro da nossa sociedade?, declarou ele.
?Os próprios funcionários do Detran estão contra essa atitude. Quem quiser fazer um lanche dentro do Detran não pode. Quem quiser tirar xerox não poderá também. Existe um projeto que colocaria esses trabalhadores dentro de um quiosque e se construiu a cidade Detran e não contemplaram esses trabalhadores?, afirma Érico Cruz.